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Em celebração dos 60 anos da competição, foi decretado que a 16ª edição do Euro seria disputada em 11 nações anfitriãs em vez de apenas uma, num gesto que tinha romantismo como intenção, mas que acabou por gerar o caos num continente que ainda recuperava da pandemia, mesmo após o adiamento de um ano.

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    História da Edição

    Euro 2020: Bravo, Itália!

    Texto por Ricardo Miguel Gonçalves
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    A 16ª edição do Campeonato da Europa foi completamente distinta das restantes. Em celebração dos 60 anos da competição, foi decretado que a mesma seria disputada em 11 nações anfitriãs em vez de apenas uma, num gesto que tinha romantismo como intenção, mas que acabou por ser criticado uma vez que, devido ao inegável impacto da pandemia Covid-19, a prova foi adiada para 2021.

    Devido a esse adiamento, Portugal manteve o rótulo de campeão em título durante mais um ano, embora não tenha conseguido estar à altura do mesmo e tenha caído de forma desapontante. Como sempre, houve emoção e drama de sobra, num mês que acabou com a Itália a arrasar os corações ingleses em pleno Wembley Stadium.

    O tombo que inspirou a Dinamarca

    Como é normal desde a expansão do número de equipas, este Campeonato da Europa permitiu a estreia absoluta de duas nações. Uma delas foi a Macedónia do Norte, que acabou eliminada sem fazer qualquer ponto, mas nem por isso deixou cair o sorriso. Para a história fica o primeiro golo macedónio marcado numa fase final: foi Goran Pandev, lenda maior deste país, que marcou no 3-1 com a Áustria.

    A outra seleção estreante foi a Finlândia, que entrou com o pé direito e conseguiu, logo numa primeira tentativa e no segundo dia da competição, vencer. O marcador mostrou um 0-1 em Copenhaga, frente a uma anfitriã Dinamarca, mas o golo de Pohjanpalo e o penálti defendido por Hrádecky chegaram já depois do momento mais marcante do dia e possivelmente de todo o Euro: o tombo de Christian Eriksen.

    Uma das imagens mais marcantes do Euro 2020 @Getty / Friedemann Vogel
    Foi pouco antes do intervalo que o camisola 10 da seleção da Dinamarca perdeu os sentidos. Seguiram-se minutos de tensão, com muitas lágrimas e preces por parte dos jogadores dinamarqueses, que fizeram um cordão em torno do seu colega mais mediático. Ainda inanimado, o corpo foi retirado do relvado e levado para o hospital.

    O jogo retomou, mas só algumas horas depois, quando chegou a confirmação de que Eriksen estava a respirar. Este tombo, de um jogador que cerca de um ano depois ainda voltou aos relvados com disfibrilhador implantado, deu à Dinamarca a força necessária para uma campanha histórica...

    Não se sagraram campeões como nas épicas férias de 1992, mas reagiram bem a um arranque com duas derrotas e conseguiram passar o Grupo B, antes de eliminarem o País de Gales com um 4-0 nos oitavos e uma impressionante Chéquia nos quartos de final (2-1). Foi nas meias-finais, quando já era a equipa favorita de todos os espetadores neutros, que foi eliminada, em Londres, pela seleção inglesa (2-1 a.p.).

    Ronaldo à frente de uma seleção medíocre

    Portugal chegou ao Euro 2020, em 2021, cinco anos depois de ter conquistado a edição anterior e dois anos após ter levantado também o segundo troféu da sua história: a edição inaugural da Liga das Nações. Como tal, as expectativas eram altas. Infelizmente, não estiveram nem perto de ser cumpridas.

    O sorteio da fase de grupos foi o primeiro abalo à confiança lusa. Quis a sorte que o Grupo F fosse considerado de forma unânime o grupo da morte, incluindo, além da diminuta Hungria, os poderosos ex-vencedores Alemanha e França.

    CR7 foi o artilheiro, com os mesmos golos que Schick em menos jogos @Getty / TIBOR ILLYES
    A seleção lusa arrancou com um 0-3 sobre os húngaros, que em casa (Budapeste) aguentaram o nulo até aos 84 minutos de jogo, mas depois disso foi até Munique ser arrasado pela Alemanha (4-2), num jogo que teve dois autogolos e uma constante exploração das debilidades defensivas da equipa portuguesa. Para fechar essa fase, um 2-2 frente à França, campeã do mundo, a valer um lugar entre os melhores terceiros classificados.

    De um ponto de vista nacional, a parte interessante da história ficou mesmo nos grupos, já que foi logo nos oitavos de final que a seleção perdeu por 1-0 frente a uma Bélgica pouco impressionante.

    Uma prestação infeliz sob o leme Fernando Santos, que teve apenas algo de positivo: os cinco golos em quatro jogos deixaram o prémio de melhor marcador nas mãos de Ronaldo. O capitão de Portugal também chegou, nesta edição, ao estatuto de melhor marcador da história dos europeus!

    It's coming... to Rome

    Sempre que chega uma competição de seleções, começa o incessante ruído dos adeptos ingleses, que dominam as ruas e as redes sociais com a expressão «Football is coming home» (o futebol vai regressar a casa). Essa frase oriunda de um cântico do Euro 1996 , embora proferida com ironia, é encarada pelos restantes países como excesso de confiança numa vitória caseira. A equipa dos três leões, com a figura de Kane a liderar a juventude de Bellingham, Saka e Foden, tornou-se no alvo a abater.

    Inglaterra esteve a vencer no jogo decisivo @Getty /
    Ora, os cânticos caseiros cresceram ainda mais com facto de Inglaterra ter jogado seis dos seus sete jogos em Wembley. Os adeptos tinham os olhos na final, já agendada para a capital inglesa, e de facto conseguiram lá chegar às costas de uma muralha defensiva montada por Southgate. Nenhum golo sofrido na fase de grupos, nem nos oitavos (2-0 à Alemanha), nem nos quartos (4-0 à Ucrânia)!

    A Itália, por sua vez, não figurava entre os favoritos. Não se tinha qualificado para o Mundial de 2018 (nem se qualificaria para o de 2022, por sinal...), mas chegou ao Campeonato da Europa com uma série invicta que já durava desde 2018 (última derrota frente a Portugal, curiosamente)... Verdade é que conseguiram manter essa sequência viva até ao fim da prova, alcançando um nove recorde no futebol de seleções!

    Tudo começou com uma limpeza do grupo A, com três vitórias e nem um golo sofrido. Na fase a eliminar houve maior sofrimento, mas a equipa treinada por Mancini fez sempre o suficiente para passar: eliminou a Áustria (2-1 a.p.), a Bélgica (1-2) e nas meias-finais bateu a Espanha nas grandes penalidades, após um empate 1-1 em 120 minutos. Seguia-se a grande final.

    Donnarumma foi herói @Getty /
    Foi no dia 11 de julho de 2021, em Wembley, que veio a decisão. O estádio mais icónico do futebol inglês explodiu logo ao segundo minuto, quando Luke Shaw abriu o marcador, mas a squadra azzurra teve mais bola, mais remates e insistiu nos ataques até uma defesa praticamente impenetrável até que Bonucci, no seguimento de uma bola parada, fez o empate. 

    Prolongamento de muita ansiedade, que ainda se multiplicou na hora das grandes penalidades decidirem o novo campeão europeu. Nesse momento do jogo, Gianluigi Donnarumma agigantou-se e defendeu três grandes penalidades, oferecendo o troféu de campeão à sua nação! Também por isso foi eleito melhor em campo e, de seguida, o melhor jogador da competição.

     

     

     

     

     

     

     

    Melhor jogador: Gigi Donnarumma

    Melhor jogador jovem: Pedri González

    Melhor marcador: Cristiano Ronaldo (cinco golos)

    Melhor onze: Donnarumma, Bonucci, Spinazzola, Jorginho e Chiesa (Itália); Walker, Maguire e Sterling (Inglaterra), Hojbjerg (Dinamarca), Pedri (Espanha) e Lukaku (Bélgica)

    Melhor golo: Patrick Schick vs Escócia (vídeo abaixo)


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