No ano em que o Benfica (e o país) perderam Eusébio da Silva Ferreira e Mário Coluna, as águias voltaram a voar bem alto, conquistando o Campeonato Nacional após um jejum de três épocas.
Mas a conquista do 33.º não começou como um mar de rosas. Ainda escaldados do fim dramático da época anterior em que haviam perdido, Campeonato, Liga Europa e Taça de Portugal nos últimos instantes, os benfiquistas pediam a cabeça do Presidente Vieira e do treinador Jorge Jesus.
Vieira foi resistente e o Benfica entrou na prova com o pé esquerdo, batido na Madeira pelo Marítimo de Pedro Martins. Uma vitória sofrida sobre o Gil Vicente na segunda jornada e um empate em Alvalade deixavam o Benfica a cinco pontos do Porto de Paulo Fonseca.
Do outro lado da segunda circular o Sporting parecia viver uma nova vida, com Leonardo Jardim a conduzir os leões a um começo de Campeonato brilhante, com goleadas ao Arouca e Académica.
Mas o gás leonino foi-se lentamente perdendo, e uma derrota no Dragão (3x1) deixou Sporting e Benfica a uns distantes cinco pontos do FC Porto.
Contudo, o Porto de Fonseca não esteve à altura dos pergaminhos do Dragão, e num mês desbaratou a vantagem. O clube verde e branco aproveitou o descalabro portista e a indecisão benfiquista para passar meio mês de Dezembro na frente. Mas pelo Natal, já seguiam os três empatados com 33.
À entrada em 2014, na 15.ª jornada o Benfica vencia o FC Porto na Luz (2x0) e aproveitava o empate do Sporting no Estoril (0x0) para se isolar.
Os três mantiveram a distância entre si até que a 11 de Fevereiro o Benfica recebe e vence os leões por 2x0, deixando o FC Porto novamente no segundo lugar.
A questão do título e da champions começou a resolver-se na jornada 20, quando o Estoril venceu no Dragão e deixou o Sporting novamente em segundo, a uns distantes 5 pontos do Benfica.
O FC Porto afundou-se e o Sporting empatou em Setúbal, abrindo o caminho para o título benfiquista, o que permitiu a Jesus gerir «as quatro frentes»: Liga, Taça, Taça da Liga e Liga Europa...
Com o Sporting a não perder pontos, o FC Porto atrasou-se irremediavelmente, chegando a ser ameaçado pelo Estoril, que acabaria o Campeonato a conseguir ser a única equipa a vencer em Alvalade. O Benfica, festejou o título com a euforia dos seus adeptos, com sete pontos de avanço sobre leões e treze sobre o FC Porto.