Suécia e República da Irlanda empataram a uma bola, esta segunda-feira, em jogo da 1.ª jornada do Grupo E do Campeonato da Europa.
No Stade de France, em Saint-Denis - Paris, houve muita cor e muita festa de parte a parte, num duelo onde os irlandeses tentaram controlar o espaço e foram obrigando Ibrahimovic (muito desapoiado) a recuar para buscar jogo.
Sem trabalhar muito a bola, a Irlanda de Martin O´Neill apostava numa pressão forte e alta no terreno, tentando condicionar o jogo interior dos suecos, que tiveram mais iniciativa mas foram cometendo erros de transição ofensiva.
Com o benfiquista Lindelöf ao lado Andreas Granqvist no eixo central, com o avançar dos minutos, a Suécia passou a ter não apenas dificuldades na frente mas também atrás, visto que foi permitindo à Irlanda somar ocasiões de golo. Mas faltava criatividade e velocidade de parte a parte. Se os suecos tinham a bola mais tempo em sua posse, circulavam de forma lenta e esbarravam sempre numa cortina verde bem organizada. Por isso, o nulo ao intervalo era justificado.
Lindelöf multiposições
Lustig saiu lesionado perto dos 45 minutos e Lindelöf passou para o lado direito da defesa sueca.
Pouco depois do começo do segundo tempo, a Irlanda inaugurou o marcador por Wes Hoolahan. Aos 48 minutos, Séamus Coleman entrou na área pela direita, cruzou para a zona da marca de grande penalidade, onde Hoolahan rematou forte e colocado para o fundo das redes de Isaksson. Festa dos irlandeses e tudo lhes corria às mil maravilhas; um Beautiful Day, como diriam os irlandeses U2.
Jogo equilibrado
O avançar dos minutos retirou clarividência e o desgaste também se fez notar no duelo.
O jogo abriu, a Suécia correu em busca de reverter a situação e podia ter empatado pouco depois mas a defesa irlandesa voltou a levar a melhor. Se é certo é que os nórdicos montaram um momentâneo cerco às redes da Irlanda (que mostrou alguma ansiedade e cometeu erros, que até então não vinha cometendo), não é menos verdade que a Irlanda conseguiu recolocar-se em campo, baixou a zona de pressão e complicou as transições da Suécia. Porém, a equipa da escandinávia tem Ibrahimovic, que pode resolver a qualquer momento. Aos 71', Ibra procurou jogo (como vinha sendo hábito fora da sua zona de ação), cruzou ao primeiro poste e o irlandês Ciaran Clark, à ponta de lança, cabeceou para o golo mas na baliza errada. À conta de Ibra, estava estragado o tal Beautiful Day irlandês.
O jogo ficou partido e qualquer uma das seleções podia vencer. O golo podia acontecer para qualquer uma das equipas mas nenhuma teve capacidade para o fazer. As forças também já não eram muitas.