O Estoril foi letal nas poucas ocasiões de golo que criou, aproveitou a baixa intensidade ofensiva do Famalicão e conseguiu uma (muito) importante vitória por 1-0, que lhe permite estar cada vez mais perto do objetivo da manutenção.
A luta pela manutenção jogava-se na Linha de Cascais, com o Estoril a receber o Famalicão. Do lado canarinho, o treinador Vasco Seabra, privado de Tiago Araújo, promovia a titularidade de Wagner Pina, João Marques e Fabrício. Já do lado famalicense, Armando Evangelista colocava Mihaj e Aranda no lugar dos castigados Gustavo Sá e De Haas, além de Puma na ala.
Ambas as equipas precisavam de pontos e o jogo começou animado, com Cádiz a obrigar Carné, com um remate de fora da área, a defesa apertada logo no primeiro minuto. O Famalicão entrou pressionante, com vontade de ter bola, e dificultou a primeira fase de construção do Estoril, o que lhe permitiu ter mais bola. Contudo, os famalicenses estavam algo dependentes das iniciativas individuais de Chiquinho e Puma nas alas - Aranda algo desaparecido no meio - e Cádiz foi sendo pouco servido, o que fez o seu ataque estagnar.
Acabou por ser o jovem centrocampista Mateus Fernandes quem deu vida aos canarinhos. Sempre a bom ritmo e a insistir nas permutas posicionais e diagonais para as salas, o médio emprestado pelo Sporting combinou bem na direita e, aos 34', cruzou com conta, peso e medida para o segundo poste, onde surgiu Rodrigo Gomes - outro dos mais atrevidos e intensos, mas pouco apoiado na esquerda - a finalizar bem, com a bola no ar, para o desejado golo inaugural. Estava feito o 1-0 e o Famalicão precisava de responder na 2ª parte.
O Famalicão precisava de mostrar algo mais e voltou a entrar pressionante, com linhas mais subidas, o que, mais uma vez, dificultou a construção do Estoril e causou alguns erros. Numa dessas vezes, aos 55', Bernardo Vital perdeu a bola em zona proibida, na direita, e permitiu a Puma cruzar rasteiro para o coração da área. Cádiz tinha tudo para marcar, mas Carné fez uma defesa enorme.
Havia muito por jogar e tempo para o Famalicão tentar algo, mas os minhotos estavam com claras dificuldades em penetrar no último terço e ia-se restringindo ao perigo em algumas bolas paradas. O final de jogo foi disputado quase na totalidade no primeiro terço defensivo caseiro, mas o Famalicão nunca conseguiu realmente impor a devida intensidade com bola e o Estoril aproveitou para se defender devidamente e vencer por 1-0. Este resultado deixa o Estoril bastante mais próximo do objetivo da manutenção.
Num jogo que não foi do mais alto nível, quem mais se destacou foram os jovens do Estoril, nomeadamente Mateus Fernandes e Rodrigo Gomes, uma dupla que está emprestada e que certamente vai deixar saudades aos adeptos canarinhos.
Houve pouco Fama, no geral. Claro que os famalicenses estavam mais confortáveis na classificação, mas podiam ter feito mais, especialmente na 2ª parte, quando o Estoril começou a baixar as suas linhas e a dar mais espaço para ter bola.
O árbitro Manuel Oliveira teve um jogo positiva, sem grandes casos para ajuizar e foi gerindo bem a partida. O ritmo de jogo ajudou.