O Jamor, de dois lugares, já conta com um ocupado. O Sporting já tem viagem reservada até ao Estádio Nacional. Agora, fica por saber quem é o segundo finalista.
Em Guimarães, a primeira mão da meia-final entre Vitória SC e FC Porto, ditou a vantagem portista após vencerem por 0-1. Agora, falta apenas uma viagem até à derradeira: a segunda mão no Estádio do Dragão.
Nos onzes iniciais, poucas foram as alterações promovidas, sendo as mais notórias as chamadas de Gonçalo Borges e Cláudio Ramos por Sérgio Conceição, devido às expulsões de Francisco Conceição e de Diogo Costa na última jornada do campeonato.
Foi uma primeira parte de um jogo bloqueado quase em pleno. Galeno ainda quis abrir as hostilidades, mas Bruno Varela mostrou-se bem posicionado entre os postes da baliza vitoriana.
Se o ritmo não estava assim tão alto, o choque de cabeças entre Jorgie e Ricardo Mangas quebrou ainda mais. Ambos os jogadores viram as cabeças serem ligadas e protegidas por toucas, após uma longa paragem do encontro.
Ao retomar, a abordagem não se mostrou diferente. O meio-campo da turma de Álvaro Pacheco estava bem rotinado e não deu espaço a grandes ofensivas dos dragões.
Já perto do intervalo, os nove minutos de compensação atribuídos mostraram-se algo mais animados do que os restantes. As ocasiões foram aparecendo, as balizas tentaram ser visadas, mas pouco ou nada mais fluiu e o marcador permaneceu a zero.
Demorou a arrancar - e já enfatizamos isso mesmo no decorrer desta crónica. Mas, no retomar do encontro, Vitória SC e FC Porto finalmente passaram de primeira, arrancaram e meteram a segunda velocidade no encontro.
No entanto, houve quem metesse a terceira mais rápido do que os outros: Pepê. Apareceu nos primeiros minutos e fez «render o peixe», ao marcar o primeiro golo da eliminatória que deu novo alento ao FC Porto.
Depois do tento certeiro, ambas as formações mostraram-se com um ritmo completamente diferente. Mais ofensivas e o jogo ficou mais dividido. Nos minutos finais, muito devido ao cansaço da equipa da casa, os comandados de Sérgio Conceição «arrendaram o meio-campo adversário».
Com chegadas fortuitas, o Vitória SC foi tendo rasgos de velocidade ofensiva, mas não deu para mais. Agora, fica a faltar uma viagem final para a decisão: quem chega ao Jamor para defrontar o Sporting? Neste momento, o FC Porto tem caminho adiantado.
Benevolente em vários casos, mais rígido noutros. Deixa dúvidas nas decisões que tomou em lances como o Jota, na segunda parte, ou o de Gonçalo Borges, no decorrer da primeira, tal como no ajuizar da mão na bola de Borevkovic. Para além de tudo isto, nota ainda para a demora a travar o jogo, após o choque de cabeças entre Jorgie e Mangas.
Após uma primeira parte muito trancada, a segunda parte foi como se de uma nova vida se tratasse para as duas equipas em campo. Muito mais ritmo, mais criatividade. Deveria ter sido assim o jogo inteiro - ambas as equipas merecem e têm qualidade para isso.
Foram apenas nove os minutos da primeira parte em que houve verdadeiro entusiasmo. Houve pouco ritmo e a paragem obrigatória para assistir Jorgie e Ricardo Mangas quebrou ainda mais a diminuta velocidade do duelo.