Ao ritmo espanhol, o FC Porto saiu de Arouca com um duro golpe nas ambições de chegar ao título. Os dragões não tiveram resposta para as transições do adversário e saíram derrotados por 3-2 desta deslocação.
Numa jornada com escorregadelas de dois rivais diretos, a equipa azul e branca não conseguiu aproveitar, momentos em que normalmente não perdoa. Muito mérito para o Arouca, organizado e letal em contra-ataque. Palmas ao trabalho de Daniel Sousa.
Se as escorregadelas de rivais diretos não bastasse, o FC Porto teve logo a abrir uma indesejada dose de motivação. Num lance bem trabalhado e a passar pelos principais protagonistas ofensivos do Arouca, a sociedade espanhola entre Cristo e Mujica resultou em golo, perdido por centenas de atrasados adeptos.
A reação, esperada, foi forte pelos dragões. Pressão alta e colocação de muitas unidades no ataque, com Nico a distribuir e a ser um bom protagonista. Em elevado momento motivacional, Evanilson conquistou grande penalidade após falta de Robson Bambu e, na conversão do castigo máximo, restabeleceu rapidamente a igualdade.
O FC Porto parecia confortável e a caminho da vantagem, mas o Arouca voltou a ser letal em transição. Mão de Pepe a remate de Remeseiro e novo penálti, desta vez convertido por Cristo no duelo frente a Diogo Costa.
Até ao descanso, os visitantes sentiram o golpe e não conseguiram ligar setores, com a inesperada lesão de Alan Varela a complicar a baralhar ainda mais os planos de Sérgio Conceição.
Arrubarrena foi testado num par de situações logo depois do regresso dos balneários, porém, durou pouco a pujança azul e branca. Tranquilo e a sair para o contra-ataque com muito conforto, o Arouca fez pela vida e procurou agredir novamente o adversário. Mujica esteve perto de bisar, num sinal para o que estava a caminho.
A execução rápida de David Simão surpreendeu o FC Porto, com Jason Remeseiro a partir os rins a Fábio Cardoso e a atirar para o 3-1, num belo momento de inspiração individual.
Na crença - reduzida qualidade - os dragões ainda reduziram pelo inconformado Francisco Conceição, contudo, não tiveram argumentos para mais. Fábio Cardoso ainda acabou expulso, no ponto final de uma exibição bastante negativa.
A onda muito positiva deste Arouca de Daniel Sousa acabou confirmada esta segunda-feira. Organização e capacidade para desenvolver com qualidade as transições rápidas, sinais de um trabalho competente a ser realizado. De parabéns!
O FC Porto tentou, mas isso não basta. Mesmo nos melhores momentos, faltou capacidade jogar um futebol de qualidade e criar como a equipa vinha a conseguir nas últimas semanas. Veremos o peso desta noite no futuro.