O FC Porto venceu de forma categórica o Moreirense por 5-0 e não deixou fugir os seus rivais no topo da liga. Numa noite gelada, os dragões foram controladores, eficazes, serenos e aqueceram a noite aos adeptos.
Ritmo alto, duelos intensos, boas trocas de bolas e olhar na baliza. O início de jogo entre o FC Porto e Moreirense não enganou. As equipas prometiam um jogo aberto e os adeptos não foram enganados.
Naturalmente, a jogar em casa, o FC Porto acabou por tomar conta do jogo e estar mais no meio campo ofensivo. A equipa de Sérgio Conceição não fugiu da matriz que tem evidenciado nos últimos jogos: a ligação entre os alas e Pepê colocou o Moreirense em dificuldade desde muito cedo.
O cruzamento foi perfeito, daqueles que passa por todos e parece inofensivo, mas o brasileiro foi rápido a agir e abriu o marcador no Dragão. O FC Porto ficou ainda mais confiante, explorou da melhor forma os corredores, mas a defesa minhota anulou os caminhos para a baliza de Kewin Silva.
O Moreirense aumentou a pressão nas disputas de bola e tentou sair com rapidez para o ataque. Apesar da boa organização na saída a jogar dos minhotos, os dragões foram muito organizados atrás. Quer a colocar em fora-de-jogo Kodisang - foram três na primeira parte -, quer a antecipar as saídas rápidas, a defesa portista protegeu bem Diogo Costa, que teve uma primeira parte calma.
A equipa de Sérgio Conceição teve calma em chegar ao golo. A tentar das mais variadas formas, usando a profundidade, em futebol mais ao primeiro toque, ou até a variar entre flancos, os dragões chegaram ao segundo golo por Evanilson - grande instinto de goleador - e o encontro ficou muito mais fácil.
A equipa do Moreirense perdeu-se, depois de sofrer o segundo golo, deu muito espaço ao FC Porto e a goleada azul-e-branca não demorou a aparecer: Alan Varela abriu o livro, fez mais um assistência e ainda marcou a fechar a noite em Wendell bisou.
O FC Porto somou o terceiro triunfo consecutivo sem sofrer golos, o segundo para a Liga, e não deixam fugir no topo Sporting e Benfica. Já o Moreirense arranca a segunda volta a perder, embora para Rui Borges as maiores preocupações devem estar nos minutos finais que a equipa protagonizou. Os Cónegos terminaram o encontro em crise existencial.
Três jogos seguidos a entrar forte e a dominar os adversários desde o primeiro minuto. Este FC Porto encontrou a sua melhor versão: está dominante, está autoritário e está tranquilo.
A equipa de Rui Borges acusou o segundo golo e caiu a pique. Se o técnico pudesse teria pedido um minuto de desconto para recordar aos seus jogadores tudo o que já fizeram esta temporada. Os últimos minutos foram penosos e recheados de erros.