Em dia de festa para os Guerreiros da Raia, foram os dragões que sairam com o presente. O Porto venceu por 2-0 o Vilar de Perdizes, confirmando o favoritismo já antevisto. André Franco com um remate mágico, virou o feitiço contra os feiticeiros de Vilar, abrindo o marcador. Depois, assistiu Evanilson para fechar as contas, num jogo onde o controlo foi total, mas as oportunidades não acompanharam o volume ofensivo.
Dia de festa em Chaves e de silêncio em Vilar de Perdizes. Quase toda a população da pequena aldeia montalegrense deslocou-se à Romaria da Taça, em terras flavienses.
Sérgio Conceição, em antevisão, havia avisado que iria optar pelos jogadores que não estiveram nos compromissos pelas seleções. O Porto apresentou-se em Chaves com muitas novidades, sendo a opção de André Franco como lateral-esquerdo a mais surpreendente. No total, foram sete as alterações em relação à última partida, diante do Portimonense. Do lado do Vilar, a maior dúvida seria na baliza. Fiel ao que mostrou até ao momento na Taça, Vitor Gamito manteve o jovem Daniel Gomes como titular.
Como era esperado, o Porto entrou mandão. Com a equipa do Vilar de Perdizes bem recuada e coesa, os dragões ocuparam o meio campo contrário desde cedo, na tentativa de inaugurar a vantagem ainda numa fase precoce do jogo. Foram dez minutos difíceis para os montalegrenses, que não conseguiam sair do sufoco azul e branco.
Embora grande parte do tempo encostado às cordas, dificilmente se via a equipa transmontana desorganizada. No seu 5-4-1 defensivo, foram sustendo os ataques portistas. Ofensivamente, os lançamentos longos esquentavam os adeptos dos Guerreiros da Raia, que se deslocaram da aldeia das bruxas e feitiços para tentar um milagre em Chaves.
A resistência durou 36 minutos. André Franco, lateral esquerdo de serviço, apareceu à entrada da grande área e fez o primeiro com um belíssimo remate. Desanimaram as bancadas por segundos, mas rapidamente se voltaram a entoar os cânticos pelo Vilar, não fosse este um dia de festa.
Até ao fim do primeiro tempo, continuou o domínio absoluto portista, com a equipa da «casa» a tentar suster a respiração. Margem mínima ao intervalo e resposta (defensiva) cabal do Vilar.
Chegou o segundo tempo e a toada foi a mesma. Domínio azul e branco, sem materialização do caudal avolumado. A coesão defensiva dos da casa (muito baixos) apenas dava a opção ao Porto de jogar em ataque posicional no último terço ofensivo, esperando pela altura certa para a tomada de decisão final.
Na primeira oportunidade digna desse nome no segundo tempo, segundo golo portista. André Franco (novamente em destaque), assistiu o recém-entrado Evanilson para o golo. Poucos minutos depois, Franco (sempre ele) colocou uma bola teleguiada na cabeça de Nico, que desperdiçou o terceiro.
A história do jogo foi continuando com a mesma forma e feitio. Com o correr do relógio, tempo para estreia no Porto. Martim Fernandes, de apenas 17 anos, foi lançado por Sérgio Conceição. A irreverência dos jovens lançados a partir do banco portista (todos abaixo dos 23 anos) não foi suficiente para alterar o marcador até ao final.
A partir da lateral-esquerda, foi a grande surpresa de Conceição. Além de cumprir, fez golo e assistiu. Destacadamente o melhor de uma equipa pouco esclarecida no último terço.
A frente de ataque portista passou muito ao lado do jogo. Com pouco espaço, esperaram que a bola caísse em zonas de decisão e não consegiuiram marcar a diferença. Pedia-se mais.
Sem casos, boa arbitragem.