Noite de 83º aniversário do Moreirense, noite de fecho da 10ª jornada, noite de empate arrancado a ferros pelos cónegos frente ao Paços de Ferreira. Lucas Silva ainda ameaçou estragar a festa com um golo aos 64', mas André Luís, vindo do banco, marcou aos 86' e reforçou o estatuto de melhor marcador da equipa de Moreira de Cónegos.
O Moreirense continua com apenas uma vitória nesta edição da Liga Portugal Bwin e na zona inferir, mas consegue terminar a jornada com vantagem pontual sobre Famalicão e Marítimo, enquanto o Paços de Ferreira iguala o Boavista a meio da tabela.
À partida para o duelo, o Paços de Ferreira estava ao alcance do Moreirense, com três pontos de diferença entre duas equipas que ambicionam mais do que as posições que têm vindo a ocupar neste arranque de época.
Na equipa da casa, de João Henriques, entrava Artur Jorge para o lugar do castigado Steven Vitória, mantinha-se Rodrigo Conceição como dono do lado direito da linha defensiva. Nos visitantes, mais mudanças comparando com o último jogo na Liga, como as entradas de Jorge Silva e Flávio Ramos para a defesa, Delgado e João Pedro para o ataque.
O primeiro tempo não foi propriamente muito rico em ocasiões, mas teve logo ligeiro ascendente da equipa visitante, que viria a marcar mas a ver esse único golo dos primeiros 45 minutos ser anulado após intervenção do VAR. Aconteceu aos 25 minutos, num lance de bola parada estudado, com conclusão de Maracás e anulado por fora-de-jogo de meros 5 centímetros.
Ambas as equipas tinham dificuldades em chegar à baliza adversária de bola corrida, mas a maior dificuldade era sentida pelos cónegos, que só perto do intervalo conseguiram criar um lance de real perigo, com Rafael Martins a ameaçar antes da tentativa de recarga de Abdu Conté.
Esperava-se um aumento do ritmo do jogo para o segundo tempo, mais procura das balizas, e isso foi o que aconteceu desde logo, com o Moreirense a aproximar-se da baliza de André Ferreira e com Walterson a rematar cruzado ao lado. Já o primeiro golo surgiria mesmo na baliza oposta: cruzamento de Jorge Silva, finalização de Lucas Silva, corria o minuto 64.
Os pacenses, que mantinham o tal ligeiro ascendente no encontro, viriam a ter oportunidade para aumentar a vantagem e talvez matar o jogo, mas um remate perigoso de meia distância de Luiz Carlos encontrou a defesa de Kewin Silva para canto... seguraram-se os cónegos, que ainda iriam a tempo de salvar um ponto. Valeu o banco a compensar a falta de inspiração ofensiva até então.
Foi André Luís, como tantas vezes vindo do banco, e com a bola parada a ser solução aos 86': Ibrahima Camará bateu o livre, André Luís meteu a cabeça para evitar, definitivamente, a festa alheia em dia de aniversário dos cónegos.
Num jogo com pouca inspiração a nível ofensivo, lá se salvaram as bolas paradas para ser possível ver golos. O primeiro foi anulado, nasceu de um livre estudado, numa primeira parte em que o Paços conseguiu criar real perigo dessa forma. O golo do empate do Moreirense surgiu assim. Lá deu para compensar.
Em particular a dos cónegos, que durante demasiado tempo não conseguiram criar grande coisa de realmente interessante a nível ofensivo. Só recorrendo ao banco apareceu um pouquinho de inspiração.
Prestação positiva, com critério adequado e sem ser demasiado rigoroso, visto que o jogo não o pedia. Quanto ao golo anulado, indicam as imagens que terá sido por apenas 5 centímetros... confiando na adequada colocação das linhas, há que o aceitar.