Eram legítimas as dúvidas sobre se a derrota em Guimarães e a exibição menos conseguida tinham sido um percalço ou uma espécie de «voltar à realidade». O certo é que, poucos dias depois, surgiu uma nova goleada (1x4), contra o Feirense, e a equipa leonina garantiu a presença nas meias-finais da Taça da Liga, onde vai enfrentar o Braga.
O jogo não foi nenhum primor. Valeu pelos golos (os dois primeiros especialmente), pela boa primeira parte do Feirense e depois pelo futebol que o Sporting praticou nos minutos finais. Houve espaço para algumas mexidas e ainda para Raphinha mostrar que a paragem não lhe retirou a qualidade.
Do lado Feirense viu-se mais do mesmo. Organizados, agressivos em demasia, mas sem conseguir ser verdadeiramente perigoso no ataque. A equipa de Nuno Mantas Santos ainda está na Taça de Portugal, mas precisa de preocupar e muito com a qualidade que vai tendo.
O Feirense entrou até melhor do que o Sporting. E entrou melhor porque Keizer tomou a opção de apostar em Petrovic. Ninguém avisou o médio sérvio de que era para passar a bola para os de verde? é que o número de passes falhados foi maior do que os certos. Apesar desse entrada «estranha», os leões marcaram e com qualidade. Raphinha regressou ao 11, aproveitou o facto de Vítor Bruno não saber que o melhor pé do extremo é o esquerdo e num belo remate fez o primeiro.
A reação do Feirense foi boa. A pressão à saída de jogo do Sporting era boa e, claro, ajudava estar a jogar contra Petrovic. O golo do empate esteve perto de acontecer, mas Bas Dost apagou a má saída de Salin.
Na melhor fase do Feirense surgiu o segundo golo. Bola na frente por parte de Coates, Bruno Nascimento a dormir e Bruno Fernandes num belo chapéu. Nova reação, novo erro de Petrovic, grande penalidade e golo de Tiago Silva a lançar a segunda parte.
Não marcou o Feirense, marcou o Sporting. Philipe Sampaio andou sempre a fazer faltas atrás de faltas e aos 59' (pouco depois de ver amarelo por falta dura sobre Bruno Fernandes) agarrou Bas Dost na área. O holandês garantiu o penálti e depois marcou ao seu estilo.
Com o 1x3, com o apuramento relativamente tranquilo e com espaço viu-se, finalmente, o Sporting à Keizer. Trocas de bola, oportunidades e golos, neste caso apenas mais um. Um auto-golo depois de uma boa jogada de Miguel Luís, de uma boa defesa e de um ressalto cheio de azar. Antes do fim destaque ainda para a expulsão de Luís Machado por protestos e ainda para uma perdida incrível de Bas Dost.
Não deslumbrou, mas goleou. Podia ser assim o resumo telegráfico do jogo que garantiu ao Sporting a presença na fase final da Taça da Liga. Será o início de uma nova de goleadas atrás de goleadas?