O FC Porto termina o ano de 2015 com uma derrota, a terceira nas provas nacionais em todo o ano civil. E todas elas têm um denominador comum: o Marítimo. Os azuis e brancos perderam na Madeira para a Liga e para a Taça da Liga, ambas as vezes na época passada, e esta terça-feira voltaram a cair aos pés dos madeirenses, no Estádio do Dragão, hipotecando quase todas as possibilidades de seguirem em frente na Taça da Liga.
Os comandados de Julen Lopetegui perderam e, na verdade, pouco fizeram para merecer outro resultado perante um Marítimo que logrou conquistar 3 preciosos pontos no Estádio do Dragão e que tem as portas das meias-finais escancaradas, mantendo o sonho de repetir a presença na final da Taça da Liga, após ter sido finalista vencido na época transata.
Numa partida em que o treinador do FC Porto optou por modificar bastante a equipa inicial – em comparação com o último jogo, apenas Maicon manteve a titularidade -, os dragões evidenciaram os problemas do costume. Entraram com um ritmo baixo na partida e não conseguiram criar desequilíbrios perante a defesa organizada dos madeirenses, que tratou de marcar bem os jogadores que potencialmente mais poderiam fazer a diferença sozinhos: Tello, Varela e André André.
Na primeira parte, o lance de maior perigo do FC Porto, em que Maicon atirou à barra na sequência de uma bola parada, foi em fora de jogo, prontamente (bem) assinalado pela equipa de arbitragem. Depois disso, só André Silva, depois de um bom trabalho de José Ángel na esquerda, esteve perto de marcar, mas Salin defendeu. Muito pouco para uma equipa dos pergaminhos do FC Porto que, consciente da incapacidade de conseguir entrar na zona de maior perigo, procurou, sem sucesso, fazer uso dos passes longos para as costas da defesa insular.
Os jogadores do Marítimo foram competentes no trabalho defensivo e foram os principais responsáveis pelo mau jogo do FC Porto. Em lances de bola corrida não criaram perigo junto da baliza de Helton, mas deixaram o aviso de bola parada, com um cabeceamento de Fransérgio por cima, após a cobrança de um livre, na primeira parte. Um aviso que a defesa azul e branca desvalorizou porque foi num lance bastante semelhante que os madeirenses chegaram ao golo.
No começo da segunda parte, aos 48 minutos, Fransérgio silenciou o Estádio do Dragão ao cabecear para o fundo da baliza de Helton, após um livre cobrado por Rúben Ferreira. O Marítimo mostrou eficácia e o FC Porto não teve cabeça para reagir e tentar um resultado melhor. Numa noite de desacerto dos dragões, tudo ficou pior aos 70 minutos, quando Alex Soares aproveitou um brinde de Marcano para assinar o 0x2.
De imediato começou o aceno de lenços brancos por parte dos adeptos e tudo podia ter ficado pior, se o remate de Edgar Costa, apenas dois minutos depois do golo de Alex Soares, tivesse levado melhor direção. Os aplausos a Pinto da Costa, que fez anos na véspera, contrastaram por completo com o ambiente pesado no Dragão e que mais ficou com o 0x3, assinado por Marega já em cima do minuto 90. Aboubakar ainda reduziu mas os níveis elevados de decibéis por causa dos assobios dos adeptos não baixaram.