O Benfica chegou à capital do móvel com a possibilidade de aumentar para 9 pontos a vantagem sobre o FC Porto mas pela frente encontrou uma equipa do Paços de Ferreira que soube fazer uso dos seus argumentos para complicar ao máximo a tarefa dos campeões nacionais. Até perto do final, o empate parecia que ia ser o resultado final, mas uma grande penalidade convertida por Sérgio Oliveira, ao minuto 90, permitiu aos pacenses vencerem as águias e manterem a distância entre os dois primeiros classificados do campeonato em 6 pontos.
Os encarnados, como se esperava antes da partida, assumiram as despesas do jogo em casa do adversário e por isso estiveram mais tempo por cima do encontro, especialmente na primeira parte. Consequência disso, chegou o Benfica mais vezes com perigo à baliza à guarda de Rafael Defendi do que o Paços de Ferreira à de Júlio César.
Só na primeira parte, as águias tiveram três claras ocasiões de golo. A primeira foi desaproveitada por Jonas, a segunda, a mais flagrande, foi uma grande penalidade que Lima rematou à barra e a terceira foi de Salvio, que rematou cruzado e viu o esférico, depois de sofrer um desvio num defesa pacense, bater no poste. Os ferros protegiam os castores, que tiveram a melhor situação de golo num lance em que Cícero surgiu em boa posição, mas permitiu a defesa a Júlio César.
Aquando da chegada do intervalo, o Benfica já tinha criado situações suficientes para inaugurar o marcador, mas além da ineficácia, contou com um Paços de Ferreira organizado e que procurou ao máximo jogar pelo seguro, de modo a não cometer erros que pudessem ser aproveitados pelos jogadores encarnados.
Na segunda parte, entrou melhor o Paços de Ferreira, com Sérgio Oliveira a conseguir aproveitar um espaço ganho em zona frontal para tentar alvejar a baliza das águias. Júlio César, no entanto, respondeu com uma defesa segura e aos poucos o Benfica procurou voltar a pegar no jogo, conseguindo manter a bola dentro do meio campo defensivo adversário.
Lima, à passagem da hora de jogo, voltou a ter um encontro com a barra, tendo cabeceado ao ferro, mas a verdade é que a formação orientada por Jorge Jesus não voltou a ter na etapa complementar o domínio que a espaços evicenciou no primeiro tempo. Especialmente por intermédio das subidas de Hélder Lopes pelo corredor esquerdo, os pacenses obrigaram sempre a defesa dos encarnados a cautelas e não fosse um corte providencial de Eliseu ao segundo poste aos 73 minutos e o Paços de Ferreira podia ter chegado ao golo.
Jorge Jesus lançou Pizzi à procura de dar outra criatividade à equipa, mas o Paços de Ferreira, do primeiro ao último minuto, nunca abdicou da organização da coesão defensiva e de tentar explorar o contra-ataque, evitando o cenário de recuar em demasia no terreno. Foi graças a essa ideia de jogo, de não deixar de tentar atacar, que a equipa de Paulo Fonseca conseguiu chegar ao golo do triunfo. Num lance de ataque, Paolo Hurtado foi derrubado em falta por Eliseu e Bruno Paixão, após muita hesitação e indicação do árbitro auxiliar, assinalou para a marca de grande penalidade, tendo Sérgio Oliveira aproveitado para marcar e oferecer os 3 pontos aos castores.