{IMGMED|DIR|87328}No campeonato as coisas iam correndo bem, mas na Liga dos Campeões o Manchester City ficou aquém das expectativas e terminou em terceiro num grupo que continha Bayern, Napoli e Villarreal, a apenas um ponto de seguir em frente. Caiu para a Liga Europa, onde seria um dos favoritos, e até começou a campanha de forma condizente, com um agregado de 6x1 sobre o FC Porto nos 16-avos, mas na ronda seguinte voltou a encontrar portugueses e não se deu tão bem. Foi o Sporting de Sá Pinto, que venceu por 1x0 em Alvalade e foi a Manchester perder por 3x2, selando uma qualificação histórica. (No final, seria o Atleti a vencer tudo...)

Sobravam as provas domésticas, nas quais o campeonato era a que mais interessava. A luta pela Premier League intensificava-se na reta final, com os dois principais emblemas de Manchester a disputar o título. Kun Aguero era o melhor marcador da equipa que chegou à última jornada na liderança, mas em igualdade pontual com os red devils. Para vencer, bastava igualar o resultado dos rivais.

{IMGFULL|ESQ|662849|Um golo que ecoa pela história}

Foram essas as condições que abriram o caminho num final de temporada inesquecível. Os cityzens tinham uma enorme vantagem, mas a verdade é que o apito final soou em Sunderland e o Manchester United venceu por 0x1, enquanto que no Etihad jogavam-se os descontos num duelo em que o Manchester City estava a perder frente ao Queens Park Rangers...

No desespero, Mancini optou por lançar Dzeko e Balotelli. O primeiro deu vida e fez reacender a esperança com um golo aos 90+2, o outro, no último suspiro, assistiu Aguero para um golo que para sempre ficará na história do futebol inglês, ao som do berro de Martin Tyler. «Aguerooooooooo! I swear you'll never see anything like this ever again».

Manchester City x QPR: recorde um final de campeonato como nunca mais se viu.

Sky Blue

{IMGMED|DIR|579419|Nome grande no futebol argentino}Estava assim atingido, aos 24 anos de idade, o estatuto de superestrela no futebol a nível global. Brilhava com o sky blue em Inglaterra e fazia o mesmo com o albiceleste pela seleção que, à data da reforma, tinha representado em 101 ocasiões com 41 golos marcados. Pela Argentina venceu uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, bem como um Mundial sub20, mas pela equipa sénior teve de esperar até 2021 para celebrar um troféu pela primeira vez: a Copa América 2021, depois de presenças em três Mundiais e cinco Copa Américas.

Na data desse título internacional já se despedia do Manchester City, mas só depois de 10 temporadas em que se fixou como uma verdadeira lenda do clube inglês. Tinha marcado 30 golos na primeira temporada, mas isso só tinha servido para abrir o apetite aos adeptos.

{IMGFULL|ESQ|335156|Um vencedor crónico}

Ficará para sempre na história dos cityzens por ter marcado o icónico golo que terminou uma seca de mais de 40 anos, mas acabou por estar envolvido na conquista de outros quatro campeonatos, bem como uma FA Cup, seis League Cups e três supertaças. Soube ser o melhor marcador em edições da Premier League, da mesma maneira que soube marcar hat-tricks contra o Bayern Munchen por uma equipa sem pedigree europeu. Fez tudo isso para ficar na história e, naturalmente, os recordes começaram a aparecer com o tempo.

Veloz, matreiro e de finalização clínica, Aguero chegou ao seu 178º golo pelo Manchester City no 264º jogo, frente ao Napoli. Não é um número redondo, mas foi o suficiente para tornar o argentino no melhor marcados da história do clube, ultrapassando Erik Brook. Em 2015, com esse recorde no bolso, tornou-se um pesadelo para o Newcastle com uma mão cheia de golos numa vitória por 6x1.

Para além de tudo isso, será também recordado como o estrangeiro com mais golos na história da Premier League. Frente ao ASton Villa, em 2020, Aguero marcou um golo para empatar com o francês Thierry Henry nos registos, mas voltou a marcar para garantir o recorde. No final do jogo, marcou um terceiro para completar uma noite de sonho que veio com novo recorde: jogador com mais hat-tricks na história da competição.

Um fim anticlimático

{IMGMED|DIR|545992|El Kun}A última temporada em Manchester foi, de longe, a pior das nove. Entre lesões que se foram agravando e um contrato a terminar, Guardiola anunciou que o contrato não seria renovado e os jogos escassearam ainda mais. Foi a primeira temporada em que não atingiu os dois dígitos em golos desde que chegara à Europa, e ainda a terminou com uma derrota na final da Liga dos Campeões.

Decidiu assinar pelo Barcelona a custo zero, onde teria a oportunidade de jogar ao lado do seu melhor amigo Leo Messi. Já eram colegas de seleção e praticamente família, tal a proximidade, mas nunca tinham defendido as mesmas cores a nível de clube.

{IMGFULL|ESQ|788391|Apenas cinco jogos em Barcelona}

{CITACAO|DIR|Os números falam por si. É uma lenda e faz parte da história do clube|Pep Guardiola}E, pois bem, a verdade é que nunca o chegaram a fazer. Também Messi estava na reta final do seu contrato e os rumores acerca de uma inédita saída intensificavam-se, com o internacional argentino a mostrar-se aberto à possibilidade de conhecer novas cores enquanto que o clube vivia uma intensa crise financeira que impedia de propor um novo contrato semelhante ao anterior.

Messi rumou a Paris e Sergio Aguero ficou sozinho na Catalunha, onde começou a temporada lesionado. Estreou-se a meio de outubro e ao terceiro jogo marcou o primeiro golo, logo num El Clásico, mas esse seria o único que marcaria pelo emblema culé, que representou em campo durante uns míseros 166 minutos...

Foi frente ao Alavés, que foi retirado por precaução ainda antes do intervalo por ter sentido doeres no peito. Detetaram uma arritmia e ficaram decretados três meses de paragem para observação, mas o problema revelou-se mais grave do que o esperado e, um mês depois, Aguero anunciou a sua reforma.

Últimos meses contrastantes, numa carreira sempre tão cheia de sucessos e consistência. Não será, no entanto, essa a maneira como Aguero será recordado: o que fica para a história é um craque goleador, dos melhores da sua geração, que ficou na história dos clubes por onde passou.

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    História
    Jogadores

    Sergio Agüero: El Kun

    Texto por Ricardo Miguel Gonçalves
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    Na língua japonesa, as pessoas tratam-se muitas vezes por títulos honoríficos como san, chan, sama ou... kun. Este último é masculino e refere-se normalmente a pessoas mais novas, ou hierarquicamente inferiores, e como tal encaixou muito bem no nome de um certo argentino batizado como Sergio, que surgiu no panorama internacional como uma jovem estrela conhecida por Kun Aguero.

    Soube-se mais tarde que a origem da alcunha não é essa. Continua a ter uma certa ligação japonesa, mas só porque foi o desenho animado Kum Kum  que motivou os avós de Aguero a dar ao neto a alcunha carinhosa do boneco com quem partilhava semelhanças.

    Por detrás do nome há, claro, o homem. É esse que recordamos, pelos seus feitos que alguns dos maiores clubes da Europa, como Atlético Madrid e Manchester City, nunca vão esquecer. Uma verdadeira lenda do futebol, que fez dos golos o seu ganha pão desde tenra idade.

    Um jovem independente

    Sergio juntou-se à formação do Independiente com apenas nove anos. Em Avellaneda, cidade da área metropolitana da Buenos Aires onde nasceu, Aguero deu os seus primeiros passos enquanto jogador de futebol. Destacou-se desde cedo como um dos mais promissores nos escalões mais jovens e, como muitas vezes acontece com os melhores, jogava sempre com equipas acima do seu escalão.

    Prova disso é a facilidade com que chegou ao futebol sénior. Em julho de 2003, foi chamado por Oscar Ruggeri para entrar em campo num jogo frente ao San Lorenzo, tornando-se no jogador mais jovem da história do futebol argentino com apenas 15 anos e 35 dias.

    Destacou-se em Avellaneda @clubindependiente.com

    qQuando cheguei ao Independiente disseram-me que havia um fenómeno na academia. Da primeira vez que treinou com a equipa principal, deu espetáculo e fiquei convencido
    Oscar Ruggeri
    A estreia até foi bem recebido pelos adeptos, mas acabou por não jogar mais com esse treinador. Só sete meses depois, com Pastoriza no comando, é que voltou à equipa para se tornar no jogador mais jovem da história da Copa Libertadores - um recorde que manteve durante só três anos. 

    Tornou-se numa presença regular no Independiente e nas seleções jovens da Argentina. Com um desenvolvimento sustentável, foi à terceira temporada, com 18 anos, que se destacou completamente como um dos melhores jogadores no país, marcando 18 golos, um deles recordado durante muitos anos como um dos melhores já vistos no país - Aguero driblou desde a sua área até À adversária antes de marcar com o pé mais fraco.

    Era cada vez mais um apetitoso isco para os tubarões europeus, que começaram a rondar Avellaneda para tentar levar o avançado que já era colocado no radar da seleção principal para o Mundial de 2006. E que começava a ser fortemente associado ao Atlético Madrid.

    Semanas depois, marcou frente ao Olimpo Bahia Blanca, mas mais tarde levaria o seu quinto amarelo da temporada, que o impediu de defrontar o Boca Juniors na derradeira jornada. Saiu em lágrimas e disse, após o apito final, o que os adeptos não queriam ouvir: «Acho que foi o meu último golo pelo Independiente».

    Vencer na Europa

    Em maio de 2006, Aguero tornou-se no jogador mais caro da história do Atlético Madrid, depois de uma transferência avaliada em 20 milhões de euros.

    Começou devagar no clube, muito devido a um período de adaptação orquestrado por Javier Aguirre. Ainda assim, conseguiu aproveitar os minutos a que teve direito e após um par de golos no novo clube já era convocado pela primeira vez para a seleção principal, onde se estreou num jogo amigável frente ao grande rival da Argentina: Brasil.

    Frente ao FC Porto, na Champions League @João Figueiredo

    Foi na segunda época em Madrid (2007/08) que explodiu  por completo. Ficou com o lugar que Fernando Torres vagou, ao transferir-se para Liverpool, e rapidamente se tornou no jogador mais importante da equipa com apenas 19 anos de idade. Foi um dínamo no clube, que empurrou para a primeira qualificação para a Liga dos Campeões em mais de 10 anos. Pelo meio, marcou golos importantes aos grandes emblemas do futebol espanhol, incluindo um bis frente ao Barcelona, para terminar em terceiro lugar na lista dos melhores marcadores da La Liga.

    qEle foi um dos motivos pelos quais assinei pelo Atlético Madrid. Quando o vi jogar pela primeira vez, era um rapaz que se destacava entre homens
    Diego Forlán
    Em 2008/09 formou uma parceria impressionante com Forlán, um avançado mais velho que também era ex-pupilo do Independiente. Bisaram ambos frente ao Barcelona, numa vitória por 4x3 no mesmo mês em que disputaram os oitavos de final da liga milionária, mas nova qualificação para a Liga dos Campeões permitiu ao argentino viver os seus melhores momentos com a camisola rojiblanca.

    Foi uma má prestação no Grupo D que incluía FC Porto e Chelsea que empurrou o Atleti, sem qualquer vitória, para a Liga Europa. No segundo escalão europeu encontraram o seu espaço e, passo a passo, foram seguindo em frente. Derrotaram Galatasaray nos 16-avos, Sporting nos oitavos (Aguero bisou em Alvalade para dar a vitória por golos fora), Valencia, Liverpool e por fim uma vitória no prolongamento frente ao Fulham, com o argentino a assistir ambos os golos de Forlán. Uma enorme conquista, a maior em décadas, patrocinada por este jovem Kun. 

    No mesmo ano, perderam a final da Copa del Rey frente ao Sevilla, mas compensaram um par de meses depois com a vitória sobre o Internazionale na Supertaça Europeia (2x0), com Aguero a marcar e assistir. Renovou e tornou-se vice-capitão do clube. Chegou aos 100 golos pelo clube no mesmo jogo em que fez o seu primeiro hat-trick, mas não celebrou nenhum deles e a imprensa colocou a opção de uma potencial saída. No final da temporada, o avançado confirmou o desejo.

    «Agüeroooooooo!»

    No verão de 2011,Aguero rumou a Inglaterra para representar o Manchester City a troco de 40 milhões de euros. Dessa forma, iniciou o capítulo mais longo da sua carreira, numa temporada que ficará guardada como a melhor de todas.

    Logo a estreia foi um jogo inesquecível. Frente ao Swansea City, na primeira jornada da Premier League, Aguero foi lançado a 30 minutos do fim mas foi a tempo de fazer história. Os cityzens venciam pela margem mínima, mas em apenas 10 minutos Aguero fez o seu primeiro golo e a primeira assistência pelo clube. Em cima dos 90 minutos, coroou a exibição de sonho com o bis, num golaço de fora da área. O jovem argentino ganhava assim os adeptos ingleses.

    @Carlos Alberto Costa
    No campeonato as coisas iam correndo bem, mas na Liga dos Campeões o Manchester City ficou aquém das expectativas e terminou em terceiro num grupo que continha Bayern, Napoli e Villarreal, a apenas um ponto de seguir em frente. Caiu para a Liga Europa, onde seria um dos favoritos, e até começou a campanha de forma condizente, com um agregado de 6x1 sobre o FC Porto nos 16-avos, mas na ronda seguinte voltou a encontrar portugueses e não se deu tão bem. Foi o Sporting de Sá Pinto, que venceu por 1x0 em Alvalade e foi a Manchester perder por 3x2, selando uma qualificação histórica. (No final, seria o Atleti a vencer tudo...)

    Sobravam as provas domésticas, nas quais o campeonato era a que mais interessava. A luta pela Premier League intensificava-se na reta final, com os dois principais emblemas de Manchester a disputar o título. Kun Aguero era o melhor marcador da equipa que chegou à última jornada na liderança, mas em igualdade pontual com os red devils. Para vencer, bastava igualar o resultado dos rivais.

    Um golo que ecoa pela história @Getty /

    Foram essas as condições que abriram o caminho num final de temporada inesquecível. Os cityzens tinham uma enorme vantagem, mas a verdade é que o apito final soou em Sunderland e o Manchester United venceu por 0x1, enquanto que no Etihad jogavam-se os descontos num duelo em que o Manchester City estava a perder frente ao Queens Park Rangers...

    No desespero, Mancini optou por lançar Dzeko e Balotelli. O primeiro deu vida e fez reacender a esperança com um golo aos 90+2, o outro, no último suspiro, assistiu Aguero para um golo que para sempre ficará na história do futebol inglês, ao som do berro de Martin Tyler. «Aguerooooooooo! I swear you'll never see anything like this ever again».

    Manchester City x QPR: recorde um final de campeonato como nunca mais se viu.

    Sky Blue

    Nome grande no futebol argentino @Getty / JEFERSON GUAREZE
    Estava assim atingido, aos 24 anos de idade, o estatuto de superestrela no futebol a nível global. Brilhava com o sky blue em Inglaterra e fazia o mesmo com o albiceleste pela seleção que, à data da reforma, tinha representado em 101 ocasiões com 41 golos marcados. Pela Argentina venceu uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, bem como um Mundial sub20, mas pela equipa sénior teve de esperar até 2021 para celebrar um troféu pela primeira vez: a Copa América 2021, depois de presenças em três Mundiais e cinco Copa Américas.

    Na data desse título internacional já se despedia do Manchester City, mas só depois de 10 temporadas em que se fixou como uma verdadeira lenda do clube inglês. Tinha marcado 30 golos na primeira temporada, mas isso só tinha servido para abrir o apetite aos adeptos.

    Um vencedor crónico @Getty / Shaun Botterill

    Ficará para sempre na história dos cityzens por ter marcado o icónico golo que terminou uma seca de mais de 40 anos, mas acabou por estar envolvido na conquista de outros quatro campeonatos, bem como uma FA Cup, seis League Cups e três supertaças. Soube ser o melhor marcador em edições da Premier League, da mesma maneira que soube marcar hat-tricks contra o Bayern Munchen por uma equipa sem pedigree europeu. Fez tudo isso para ficar na história e, naturalmente, os recordes começaram a aparecer com o tempo.

    Veloz, matreiro e de finalização clínica, Aguero chegou ao seu 178º golo pelo Manchester City no 264º jogo, frente ao Napoli. Não é um número redondo, mas foi o suficiente para tornar o argentino no melhor marcados da história do clube, ultrapassando Erik Brook. Em 2015, com esse recorde no bolso, tornou-se um pesadelo para o Newcastle com uma mão cheia de golos numa vitória por 6x1.

    Para além de tudo isso, será também recordado como o estrangeiro com mais golos na história da Premier League. Frente ao ASton Villa, em 2020, Aguero marcou um golo para empatar com o francês Thierry Henry nos registos, mas voltou a marcar para garantir o recorde. No final do jogo, marcou um terceiro para completar uma noite de sonho que veio com novo recorde: jogador com mais hat-tricks na história da competição.

    Um fim anticlimático

    El Kun @Getty /
    A última temporada em Manchester foi, de longe, a pior das nove. Entre lesões que se foram agravando e um contrato a terminar, Guardiola anunciou que o contrato não seria renovado e os jogos escassearam ainda mais. Foi a primeira temporada em que não atingiu os dois dígitos em golos desde que chegara à Europa, e ainda a terminou com uma derrota na final da Liga dos Campeões.

    Decidiu assinar pelo Barcelona a custo zero, onde teria a oportunidade de jogar ao lado do seu melhor amigo Leo Messi. Já eram colegas de seleção e praticamente família, tal a proximidade, mas nunca tinham defendido as mesmas cores a nível de clube.

    Apenas cinco jogos em Barcelona @Getty / Xavier Bonilla

    qOs números falam por si. É uma lenda e faz parte da história do clube
    Pep Guardiola
    E, pois bem, a verdade é que nunca o chegaram a fazer. Também Messi estava na reta final do seu contrato e os rumores acerca de uma inédita saída intensificavam-se, com o internacional argentino a mostrar-se aberto à possibilidade de conhecer novas cores enquanto que o clube vivia uma intensa crise financeira que impedia de propor um novo contrato semelhante ao anterior.

    Messi rumou a Paris e Sergio Aguero ficou sozinho na Catalunha, onde começou a temporada lesionado. Estreou-se a meio de outubro e ao terceiro jogo marcou o primeiro golo, logo num El Clásico, mas esse seria o único que marcaria pelo emblema culé, que representou em campo durante uns míseros 166 minutos...

    Foi frente ao Alavés, que foi retirado por precaução ainda antes do intervalo por ter sentido doeres no peito. Detetaram uma arritmia e ficaram decretados três meses de paragem para observação, mas o problema revelou-se mais grave do que o esperado e, um mês depois, Aguero anunciou a sua reforma.

    Últimos meses contrastantes, numa carreira sempre tão cheia de sucessos e consistência. Não será, no entanto, essa a maneira como Aguero será recordado: o que fica para a história é um craque goleador, dos melhores da sua geração, que ficou na história dos clubes por onde passou.

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    Sergio Agüero (ARG)
    Sergio Agüero (ARG)

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