* por Fernando Coelho
Depois de uma temporada tranquila, onde andou afastado dos lugares de despromoção, o Boavista estreou-se com uma derrota em 2023/24 frente à União de Leiria, para a Taça da Liga. Jogo no Bessa, mas com as bancadas despidas de adeptos, devido ao castigo aplicado aos axadrezados.
Com Petit ainda ao leme, o plantel do Boavista sofreu poucas alterações no plantel. Os reforços são regressos - Bozenik em definitivo e Masaki Watai por empréstimo - e as perdas foram poucas, embora significativas qualitativamente. Para a partida desta segunda-feira, Bruno Onyemaechi ficava de fora por razões burocráticas.
Seba Pérez: Ficou e continua a demonstrar porque é que é um jogador fulcral para Petit. O jogo axadrezado passa por ele - baixa para receber e tem o jogo todo à sua frente. Geriu os ritmos do jogo e foi fundamental para a equipa da casa ter bola. No plano defensivo, nunca perdeu a bola de vista e esteve sempre sincronizado com Makouta.
Gaius Makouta: Igual a si mesmo. Forte, impôs-se sempre nos duelos individuais e voltou a demonstrar a habitual qualidade na pressão, permitindo que recuperasse várias bolas ainda no meio-campo ofensivo.
Pedro Malheiro: Comandou a ala direita. Ofensivamente trouxe profundidade ao jogo do Boavista e sempre que teve oportunidade, cruzou com peso, conta e medida. Defensivamente acertou sempre nos timings das interceções e apareceu, sempre que pôde, na hora certa para cortar e impedir males maiores.
Miguel Reisinho: Assertivo, a estreia em 2023/24 faz por pedir mais minutos do que os que teve nas últimas temporadas. Forte nas tabelas curtas e com bom toque de bola, Reisinho só falhou no departamento da finalização enquanto médio mais adiantado das panteras. Para quem pudesse estar menos familiarizado, um bom cartão de visita.
Róbert Bozeník: Até agora, a única contratação do Boavista, Bonezík não foi particularmente feliz nas intervenções que teve na área adversária. Por vezes demasiado preso na teia defensiva do Leiria, não mostrou tanta disponibilidade em baixar e ser opção de passe para os colegas. Não foi procurado muitas vezes, mas quando teve lances para marcar, pecou por querer fazer as coisas com demasiada rapidez.
Tiago Morais: Depois de um empréstimo de meia época ao Leixões, foi uma das primeiras opções de Petit para agitar com o jogo. Não o conseguiu fazer, numa passagem pelo jogo certeira, mas sem conseguir desequilibrar.
Chidozie Awaziem: Exibição sem sobressaltos. Participativo no processo de construção, demonstrou sempre solidez a defender e dificultou bastante a vida aos homens da frente do Leiria.
Jeriel De Santis: De volta depois de um empréstimo ao Cartagena, onde marcou 11 golos em 20 jogos, não conseguiu ter a mesma virtuosidade e engenho nesta partida. Passou ao lado do jogo.
João Gonçalves: Assume a baliza depois do fim de carreira de Bracalli. Seguro, não foi chamado a intervir por muitas vezes, mas demonstrou sempre tranquilidade.