Promete dar que falar a Taça da Liga e o jogo do último sábado, entre o FC Porto e o Marítimo, que os dragões venceram nos descontos com um golo de penálti e que deixou o Sporting afastado das meias-finais da competição.
O jornal O Jogo avança na sua edição de hoje que o gabinete jurídico dos leões está a analisar o que sucedeu no sábado à noite para decidir se vai ou não contestar formalmente a qualificação dos dragões para as meias-finais da prova.
No final do seu encontro, em Penafiel, representantes do Sporting, desde logo com Bruno de Carvalho, presidente, em destaque, mas também Leonardo Jardim, treinador, manifestaram o seu desagrado pela forma como a equipa verde e branca se despediu da prova, uma vez que foi já no período de compensação que o FC Porto marcou o golo da passagem às meias-finais.
Face a tudo isto os leões ponderam apresentar às entidades competentes uma queixa disciplinar formal para impugnar o triunfo dos azuis e brancos.
A base jurídica do Sporting baseia-se no facto de o jogo do FC Porto ante o Marítimo ter começado dois minutos e 45 segundos depois do jogo em Penafiel, onde jogou o Sporting, bem como no facto de a segunda parte ter tido três minutos e doze segundos de atraso e que Josué bateu o penálti que deu a vitória aos campeões nacionais cinco minutos e 35 segundos depois do apito final do jogo do Sporting no estádio Municipal 25 de abril, em Penafiel.
José Manuel Meirim, especialista em direito desportivo, explica ao referido jornal como todo o caso se pode desenrolar.
«O Sporting poderá tentar apresentar uma queixa disciplinar à Comissão de Instrução de Inquéritos da Liga, mas pelo impacto da situação creio que a própria Liga deverá abrir esse inquérito, para apurar eventuais indícios de infração dos quais não deve ser fácil fazer prova. A infração disciplinar por atraso há, ponto final. Se foi feito dolosamente para prejudicar terceiros, a pena será a multa e a derrota. Vai depender dos relatórios do delegado da Liga e do árbitro, peça importante», esclareceu o jurista.