Rúben Amorim: «A partir do terceiro golo, passa a ser sofrimento e não futebol»

No final da partida com o Manchester City, que acabou com uma pesada goleada (0x5) na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, Rúben Amorim destacou a entrada da equipa, mas reconheceu que o Manchester City é uma equipa de outro nível que aproveitou os erros do Sporting. De outro nível também, para o técnico leonino, estiveram os adeptos sportinguistas.

«Já tivemos [este ambiente] contra o Ajax, mas hoje foi completamente diferente. Nunca tinha visto algo assim. Penso que as pessoas têm noção das diferenças, que a equipa dá o máximo, do tempo que leva e tudo isso foi refletido nesses três minutos», começou por dizer.

«Já sabíamos que ia ser um jogo difícil, contra, se calhar, a melhor equipa do Mundo, e mesmo entrando bem, porque eu considero que entrámos bem, não durou muito, mas entrámos bem. Sofremos um golo, desligámos antes de a bola entrar, voltámos a tentar e cada vez que o Manchester City foi lá matou-nos. Isso revela a grande equipa que são. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores porque a partir do terceiro golo passa a ser sofrimento e não futebol», analisou.

Perante o resultado, Rúben Amorim foi ainda confrontado com a derrota na primeira jornada frente ao Ajax, mas o treinador leonino não vê motivos para comparação.

«Não vejo semelhanças no resultado e na forma como ocorreu. Contra o Ajax, a equipa entrou muito nervosa. Hoje não senti que os meus jogadores estivessem nervosos. Simplesmente, a grande equipa que o Manchester City é matou-nos nas vezes que lá foram. A equipa cresceu muito. A história do jogo e a história da eliminatória acabou muito cedo, mas não teve o mesmo impacto que o jogo com o Ajax».

«Contra o Ajax nem entrámos no jogo, estávamos muito nervosos. Nem bola tínhamos. Neste jogo não foi assim. Vamos retirar coisas boas. Foi um sofrimento, vamos ter outro jogo que vai ser um sofrimento e aproveitamos cada minuto para sofrer uns com os outros. Tenho a certeza absoluta que vamos ser melhores no futuro», concluiu.