Este domingo, todos os caminhos vão dar ao Jamor, onde o FC Porto e o Tondela se defrontam para decidir quem é o grande vencedor da 82ª edição da Taça de Portugal. No caso da turma beirã, esta é a primeira vez que chega a esta fase da prova, curiosamente na mesma época em que desceu da Primeira para a Segunda Liga.
«Uma final é sempre uma final. É um balanço positivo. Vai ser um dia marcante, histórico. Não é um jogo qualquer. No nosso caso nunca tinha acontecido. Oxalá volte a acontecer daqui a pouco tempo, mas diz o tempo que não voltará a acontecer com facilidade. Ninguém vai tirar à história do Tondela este dia. Vai ficar nos livros de história da FPF. Surge, no entanto, numa época que coincide com a descida de divisão à Segunda Liga. São dois tempos diferentes. A época não correu bem, há que corrigir os erros para que no futuro tentemos, pelo menos, que não volte a acontecer, mas, no próximo domingo, usar o dia de festa e alegria. É um dia inesquecível para todos e até para os atletas pode ser único na sua carreira», começou por dizer-nos.
Apesar de ser uma final histórica - o melhor que tinham feito até aqui tinham sido duas chegadas aos oitavos de final -, o dirigente recusa ver esta como uma oportunidade de redenção, referindo que «uma coisa não apaga a outra» e que os jogadores têm que «esquecer o passado sábado e enfrentar a Taça como um dia de festa», mostrando-se «briosos e dignos da camisola que envergam.»
Com 17 Taças de Portugal no seu palmarés - em 31 finais disputadas -, o FC Porto chega a este jogo como o claro favorito e o Gilberto Coimbra sabe disso, admitindo, entre risos, que «nem quer pensar» na possibilidade de causarem uma surpresa. O dirigente beirão destaca que, do outro lado, está o «atual campeão português, uma equipa muito boa, de Champions, que vai ter as despesas de jogo do seu lado pela sua qualidade, poder económico, pelo seu todo», mas refere que «este é apenas um jogo, não um campeonato» e que, por isso, «há 50% de probabilidade para cada uma.»
O presidente do Tondela refere ao zerozero que, apesar da descida de divisão, sente o plantel e a cidade bastante motivados para a festa da Taça - esgotaram os bilhetes do seu lado -, mas há uma motivação extra para todos: a Liga Europa. É que, em caso de vitória dos beirões, o Tondela poderá jogar a segunda competição mais importantes de clubes europeia na próxima época, mesmo estando na Segunda Liga em 2022/23.
Vencendo ou não, Gilberto Coimbra faz uma balanço muito positivo da evolução do Tondela desde que assumiu a presidência: «Viemos da distrital e chegámos à Primeira Liga, por isso foi sempre a subir [risos]. Estabilizámos durante sete anos e só agora descemos. Para mim é uma realização pessoal. É um ato de resistência como lá chegámos e conseguimos ficar tantos anos. O futuro vai demonstrar que a resistência que tivemos para lá chegar a primeira vez, também a teremos para chegar novamente.»
3-1 | ||
Mehdi Taremi 22' (g.p.) 74' Vitinha 52' | Neto Borges 73' |