Presidente do Boavista suspenso pelo Conselho de Disciplina por 45 dias

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou, esta terça-feira, que Vítor Murta, presidente da SAD do Boavista, foi suspenso por 45 dias por críticas à arbitragem na partida com o Gil Vicente (3-1), em maio.

«Declarações proferidas sob o enfoque das ofensas à honra ou consideração de agentes da arbitragem ou violação de deveres gerais», lê-se no comunicado do CD da FPF.

Nessa mesma nota, o CD revela a decisão de condenar o «pela prática de uma infração disciplinar p. e p. no artigo 136.°, n.°s 1 e 3 [Lesão da Honra e da reputação e denúncia caluniosa] do RDLPFP por referência ao disposto no artigo 112.º, n.° 1 do mesmo Regulamento» com os tais 45 dias de suspensão, além de uma multa de 3060 euros.

Em causa estão as declarações de Vítor Murta no final da partida com o Gil Vicente, onde o dirigente deixou duras críticas à arbitragem de Ricardo Baixinho, acabando por ser alvo de um processo disciplinar e, agora, de um castigo.

«Tivemos um senhor que veio estragar um jogo que podia ser bom. O VAR chamou o árbitro, mas quando vi o tempo que o árbitro demorou a decidir, percebi logo que ia validar o golo. Ele teve de pensar como ia justificar o contrário do que toda a gente viu menos o senhor Baixinho. Na segunda situação é evidente que a bola bate na cabeça do Mangas. Aqui o VAR esteve bem em não chamar o árbitro, na primeira situação o senhor fez dele boneco e ele não queria que isso acontecesse outra vez. Acima de tudo devemos ser altivos na forma como interpretamos as coisas, não podemos ser baixinhos. Devíamos ter tido outro árbitro de qualidade e não o que tivemos aqui», afirmou, na altura.