Uma derrota estrondosa. Frente ao FC Arouca, o Boavista perdeu por 0-4, após uma entrada apática na partida, que foi apenas o princípio de um pesadelo que durou 90 minutos, apesar dos forasteiros jogarem a segunda parte com menos um elemento, devido à saída precoce de Milovanov.
Em relação ao encontro da Taça de Portugal, Petit apostou em Filipe Ferreira e Martim Tavares para os lugares que pertenceram a Rodrigo Abascal e Pedro Malheiro, enquanto Daniel Sousa colocou o mesmo onze que permitiu uma estreia abençoada no comando técnico do FC Arouca.
Depois de um duelo escaldante no passado domingo, as duas equipas voltavam a defrontar-se, desta vez no Estádio do Bessa, que contou com um público tímido devido às condições metereológicas que se faziam sentir: muito frio, chuva e, acima de tudo, várias rajadas de vento, que dificultaram um espetáculo fluído.
No entanto, isso não impediu que os primeiros minutos fossem verdadeiramente quentes: Bruno Onyemaechi levou cartão amarelo muito cedo no encontro e, passados alguns segundos, Cristo González inaugurou o marcador com um remate de fora da área, após um erro de Chidozie. Se de um lado a confiança estava a crescer, do outro... não se podia dizer a mesma coisa, pois parecia cada vez menor, numa fase complicada da época boavisteira.
O pesadelo dos primeiros 45 minutos não parecia terminar e Rafa Mujica escreveu mais um capítulo da história axadrezada ao recuperar a bola a Filipe Ferreira, contornar João Gonçalves e marcar o terceiro golo da sua equipa. O Boavista foi para os balneários cabisbaixo, triste e revoltado com o que tinha apresentado nos primeiros 45 minutos. Poucos aspetos positivos se podiam retirar desta primeira parte da equipa da casa.
Seria injusto, por outro lado, não falar do plano que Daniel Sousa trouxe para este jogo. Praticamente todos os duelos ganhos, uma equipa a respirar tranquilidade, muitas combinações e várias oportunidades de perigo criadas. A mudança, por enquanto, parece estar a ter resultado num conjunto que desesperava por pontos no campeonato.
O início do segundo tempo foi uma fotocópia do primeiro, excetuando a mudança no marcador que não aconteceu. Em pouco tempo, Bogdan Milovanov levou cartão vermelho por, na visão do árbitro, tentar retardar o jogo, deixando apenas dez companheiros no relvado. O espetáculo ganhou outros contornos com o Boavista a ter que correr atrás do prejuízo.
Tal não se evidenciou, pois Jason Remeseiro fez o gosto ao pé, para o 4-0, que silenciou ainda mais o Estádio do Bessa. O FC Arouca voltou a marcar quatro golos (a última vez tinha sido na primeira jornada) e conquistou três pontos importantíssimos na caminhada de 2023/2024. O Boavista está no nono lugar, mas o cenário está longe de ser favorável...
Depois do triunfo na Taça de Portugal, o FC Arouca defrontou o mesmo adversário, mas demonstrou outra faceta, que permitiu dominar por completo a primeira parte (e o resto do encontro, diga-se). O Boavista pouco criou e, do outro lado, os arouquenses aproveitaram as oportunidades para estarem tranquilos na partida, sobretudo no... segundo minuto, onde Cristo González fez o primeiro golo no Estádio do Bessa. A partir daí, só deu amarelo.
A jogar perante os seus adeptos, era preciso mais. A primeira parte evidenciou várias dificuldades da turma de Petit, mas, contra dez, era necessário criar mais chances de perigo para entrar pela discussão do resultado. No entanto, isso não se verificou e o adversário esteve sempre por cima, mesmo com a vantagem (numérica e no resultado) do seu lado. Que descalabro!
Numa partida com vários duelos, Tiago Martins teve algumas dificuldades para controlar o jogo. A expulsão de Milovanov deixou algumas dúvidas, assim como alguns amarelos no decorrer dos 90 minutos.