O Sporting perdeu a oportunidade de se isolar no primeiro lugar do campeonato ao empatar no Bessa. Num jogo aguerrido e com ambiente a fazer lembrar velhos tempos, a equipa de Petit mostrou a solidariedade necessária para travar os ataques do adversário. Depois do empate do FC Porto, acaba por ser o Benfica o vencedor da jornada 6 na luta pelo título, ainda que continue atrás.
Parados na teia axadrezada
João Pereira de volta
Ao jeito alternado, Jesus vai variando o dono da lateral direita. Desta vez, Esgaio foi para o banco. Nota também para a titularidade de Montero ao lado de Slimani.
Petit mexeu na equipa. Optou por jogar sem uma referência de área e com dois avançados libertos para vaguear (Zé Manuel e Luisinho). Uma decisão que não parece ter surpreendido Jorge Jesus e que deixou clara a mensagem de que a ordem prioritária era para a coesão da equipa.
Tirando num lance de Zé Manuel, foi muito isso que se viu. Armados em duas linhas de quatro, com bloco baixo e esses setores juntos, os axadrezados encontraram assim antídoto para a corrida do leão, que cedo percebeu que a lateralização do seu futebol era inofensiva, sobretudo do lado direito, onde João Pereira ainda continua à procura da melhor forma.
Primeira parte teve polémica ©Vítor Parente
O Sporting melhorou a partir do momento em que Slimani e Montero passaram a buscar mais jogo atrás, variando entre si nessas ações e criando mais espaços à entrada para o último terço. Período que coincidiu com o maior aperto do primeiro tempo, ainda que não o suficiente para enganar Mika.
Se se poderia esperar por nova dinâmica no segundo tempo, tal não aconteceu no seu início. Outra vez Sporting a atacar com pouca objetividade, outra vez o Boavista remetido à sua solidez defensiva.
Substituições mexeram
Com um jogo amarrado durante uma hora, os treinadores recorreram ao banco. Se Jesus foi lógico nas trocas, não mexendo a tática, Petit abdicou do 4x4x2 e passou para o 4x3x3, depois de lançar Uchebo para a frente.
Numa fase inicial, essa decisão pareceu deixar mais confortável a equipa, se bem que mais descompensada na linha, visto que Zé Manuel e Luisinho passaram para extremos numa fase em que apresentavam notório desgaste, deixando algumas vezes os laterais do Sporting subirem no terreno.
Mas, aos poucos, a pantera voltou a serenar. Algumas paragens cirúrgicas (que também se podem considerar anti-jogo) serviram para a equipa respirar e para o leão perder a corda que se preparava para ter.