Os suspeitos do costume

Vitinha foi sinónimo de omnipresença no meio campo portista. O jogador encheu o campo de uma forma impressionante. Nunca se cansou de encontrar alternativas para que os golos aparecessem, assumiu as bolas paradas, recuperou bolas, manteve a pressão os noventa minutos, ganhou duelos... enfim. Que jogo!

Luis Díaz pode ser um caso de estudo: Qual a fórmula para ser tantas vezes decisivo, com tantos jogos, tantas viagens e pouco descanso. Ele é o homem deste FC Porto. Foi ele quem deu as primeiras ameaças, quando o jogo o obrigou a mudar de flanco baralhou o Paços de Ferreira e marcou. É o melhor marcador da Liga e vai mantendo uma energia que parece infindável.

O guarda-redes do Paços de Ferreira teve uma noite perto da perfeição. O FC Porto fez oito remates à baliza, vários com imenso perigo, e o último defensor dos castores esteve em grande nível. Segurou até onde conseguiu e só faltou fazer uma reposição de bola em jogo em tempo útil, quando o Paços de Ferreira esteve a ganhar.

Wendell entrou no jogo como peixe na água. A profundidade que o Paços de Ferreira permitiu aos laterais do FC Porto fez com que o brasileiro se aventurasse por terrenos mais ofensivos. Durante a primeira parte foi mais trapalhão, mas essa irreverência ajudou a soltar-se, ganhar confiança e marcar no segundo tempo o golo da vitória.

Uribe voltou a ser um pulmão em campo. O colombiano manteve o seu perfil batalhador, algo que se notou mais no segundo tempo, depois dos dragões estarem a vencer, mas a isso juntou a pressão mais alta. Fez com que Vitinha pudesse estar mais solto para criar.

O jogo não foi fácil, até pelos novos terrenos que Taremi procurou ocupar, mas a qualidade de Eustáquio voltou a não enganar. Muito mais preponderante a defender, que a atacar, o internacional canadiano ajudou também a dar rapidez no processo ofensivo, mas nem todos tiveram a mesma velocidade.

O extremo passou completamente ao lado do jogo. Teve muita dificuldade em travar a ligação Díaz/Wendell, estando mais subido e não apoiou os terrenos interiores para evitar que o FC Porto criasse com maior conforto.