Depois da eliminação do Vitória SC, o pesadelo parece mesmo não ter fim. À terceira edição, Portugal volta a não ter uma equipa na fase de grupos da Conference League.
O Arouca ainda sonhou - após uma vitória em casa, pela margem mínima -, contudo, 45 minutos bastaram para a esperança ir por água abaixo, tendo culminado numa derrota por 3-1. Felix Myhre, Fredrik Knutsen e Bard Finne marcaram os três golos do lado norueguês, enquanto Morlaye Sylla marcou o golo solitário do lado arouquense.
Em relação à partida, e em contraste com os últimos confrontos, Daniel Ramos apenas trocou uma peça: saiu Eboué Kouassi e entrou Uri Busquets. Do lado norueguês, Eirik Horneland operou duas mexidas em relação à derrota em Arouca.
45 minutos para esquecer.
O emblema arouquense até assustou no arranque - Opoku esteve perto do golo logo ao minuto dois -, no entanto, a equipa norueguesa subiu os níveis de intensidade e inaugurou o marcador na primeira grande oportunidade.
Magnus, livre de marcação, cabeceou em cheio no poste e o ressalto acabou por cair nos pés de Felix Myhre que não deu hipóteses a de Arruabarrena.
Na resposta - muito tímida -, apenas Jason Remeseiro conseguiu voltar a assustar a defensiva do Brann que, ao minuto 42, voltou a festejar. Knutsen, de forma impressionante, subiu ao terceiro andar - alguma descoordenação da defensiva aroquense - e faturou de cabeça, novamente sem hipóteses para o guardião uruguaio.
Depois do golo, o Arouca mostrou-se abalado, desorientado e voltou a sofrer, desta feita numa transição. Bard Finne - no seio da pequena área - apareceu de rompante e, de cabeça, praticamente sentenciou as contas da partida.
No segundo tempo, o Arouca entrou mais agressivo e renasceu a esperança num lance algo fortuito, mas fruto de uma boa jogada coletiva: David Simão desbloqueou a jogada ao assistir Cristo que rapidamente colocou a bola em Sylla: a partir daqui, o médio - com espaço - disparou forte e contou com um desvio para colocar a bola na baliza de Dyngeland.
A partir daqui, Daniel Ramos mexeu - Puche e Pedro Santos entraram muito bem - e Cristo González esteve muito perto de fazer saltar as dezenas de adeptos lusos nas bancadas de Brann. Depois de um cruzamento de Pedro Santos, Cristo ganhou a segunda bola e, na cara de Dyngeland, disparou em cheio na barra.
Até final, Rafa Mujica - algo desinspirado - foi dos que mais tentou mas a melhor oportunidade esteve nos pés de Lawal que, apesar do esforço, não aproveitou uma falha clamorosa do guardião norueguês.
Depois de uma primeira parte amorfa, o Arouca reagiu e esteve perto de voltar a sonhar. Cristo acertou no poste e Yusuf Lawal falhou no último lance da partida.
No norte da Europa, o Arouca demorou 45 minutos a orientar-se. Os primeiros 45 minutos foram miseráveis, traduzidos em três golos sofridos de forma algo inexplicável, principalmente tendo em conta que, pela frente, não estava nenhum bicho papão.
Critério disciplinar algo largo (e injustificado) na primeira parte, num período onde a agressividade dos homens de Brann estava nos píncaros. Apesar disso, na segunda parte o belga corrigiu e acabou por admoestar Galovic com um segundo cartão amarelo de forma correta. O Arouca, por fim, tem razões de queixa dentro da área do Brann: Cristo cruzou e Svenn Crone desviou - de forma clara - a trajetória da bola com a mão, tendo ficado um penálti por assinalar.