O Sporting empatou na Amoreira, no regresso de Marco Silva a uma casa onde continua a ser muito acarinhado. Num jogo onde os leões mandaram, as oportunidades, que foram algumas, acabaram por acontecer nas duas balizas. Os leões chegaram a tentar sufocar o Estoril, que resistiu, mesmo com menos fulgor no segundo tempo.
Regresso ao esquema habitual
Marco Silva abandonou o 4x4x2 dos últimos jogos e voltou ao 4x3x3, com João Mário e Adrien Silva no meio-campo. Mas voltou ao esquema no segundo tempo.
Sol fez tremer
O prognóstico não fugiu muito daquilo que se projetou: um Sporting favorito, mas um Estoril nada encolhido. Foi isso que sobrou do primeiro impacto da partida na Amoreira, onde os leões entraram mais ativos, embora contra um Estoril a demonstrar bons atributos quando a bola passava para a sua posse.
Fernandinho teve muito mérito no golo do Estoril ©Carlos Alberto Costa
No regresso de Montero ao figurino de homem único no centro do ataque, o 10 teve muito menos espaço e a sua ação ficou limitada. Ainda assim, havia Adrien Silva e João Mario para o trabalho entre linhas. Mais rotinados, os dois internacionais portugueses mostraram que a equipa ganha com essa sua ação, mas perde, por outro lado: o Sporting perde poder de fogo na área e torna inconsequente muito do trabalho que os extremos (desta vez Mané e Carrillo) constroem.
Por isso, não foi estranho ver que os constantes ataques do Sporting não deram em quase nada. Neste regresso ao 4x3x3, os golos não madrugaram. Mesmo que a defesa do Estoril não tenha demonstrado muita segurança defensiva.
Ewerton empatou com a cabeça ©Carlos Alberto Costa
Só que aproveitou em termos ofensivos. Paciente, a equipa de Fabiano Soares aguardou pelas falhas leoninas com bola e saiu, como costuma fazer, em grande velocidade nas transições. Primeiro, a ganhar lances de bola parada que revelaram intranquilidade também na outra defensiva (com Patrício aos papéis). Depois, alvejando com sucesso a baliza dos leões, numa grande corrida de Fernandinho que Sebá concluiu da melhor maneira.
Marco Silva espicaçou reação
O golo foi aos 25 minutos, mas a história da primeira parte até pode acabar por aqui. O Sporting esteve os restantes 20 minutos sem clarividência na sua ação e só reagiu com ideias depois do intervalo.
Aí sim, a equipa de Marco Silva foi mais esclarecida, sobretudo porque Marco Silva fez subir João Mário para libertar Montero, num ensaio para o 4x4x2 que foi recuperado poucos minutos depois, com a entrada de Tanaka para o lugar do português, já depois de Ewerton ter empatado.
Aplausos para Marco Silva
Nos últimos minutos da partida, a claque dos canarinhos foi para trás do banco leonino aplaudir de forma incessante o agora treinador do Sporting.
Um empate que se justificava, não só pela melhor atitude leonina (atacou mais e, acima de tudo, melhor), mas também pela do Estoril, que não teve o mesmo critério nas saídas de bola. Mais encolhida e menos concreta no passe, a equipa da casa desmoralizou com o empate e foi-se abaixo ofensivamente, também porque Kléber, regressado após lesão, rebentou.
Valeu a boa leitura de Fabiano Soares e Hugo Leal. A dupla de técnicos leu bem a intenção do técnico adversário e reforçou o meio-campo com Cabrera, numa fase inicial, e a defesa depois, com Bruno Nascimento. A porta ficou fechada e o empate não se desfez.