O Marítimo caiu este domingo à II Liga, após não ter superado o Estrela da Amadora nas grandes penalidades do decisivo play-off. Após vários minutos de troca de palavras, gestos e sentimentos com adeptos insulares, José Gomes não escondeu na flash interview a desilusão pelo desfecho da época e fez um balanço dos meses em que esteve no comando técnico da equipa.
«Pelo jogo jogado merecíamos ter vencido. Os penalties é uma lotaria e uma sorte. Teria sido melhor bater do outro lado pois sabíamos que a relva estava a levantar naquela zona. É inglório pelo trajeto e percurso que fizemos. Jogamos bem em várias partidas, duelos com muitas incidências. Estou de consciência tranquila pelo sangue que dei. Não há ninguém a sentir mais a derrota que eu. Este clube é muito grande e tem adeptos extraordinários. Aceitei o desafio num momento muito difícil, mas abracei com espírito de missão. Neste jogo falhámos várias oportunidades e nos penalties tudo pode acontecer.»
«Tentei-me recompor no final do jogo, foi um choque muito grande. Estes adeptos merecem futebol de primeira e são extraordinários. Durante este percurso perdemos pontos de forma muito injusta em vários jogos. Com essas contas não estaríamos a disputar este play-off. Não estivemos bem na Amadora, mas hoje fomos muito melhores que eles», afirmou.
38 anos depois, o futebol madeirense deixa de ter representação no primeiro escalão do futebol português. José Gomes foi o terceiro treinador do Marítimo na época, após as saídas de Vasco Seabra e João Henriques.