Vitória tranquila do Sporting sobre um Gil Vicente que estava invicto na segunda volta do campeonato, que permite aos leões regressar aos bons resultados, após três jogos consecutivos sem ganhar, e recuperar a confiança antes da receção ao Wolfsburg, decisiva para as aspirações dos verdes e brancos na Liga Europa.
A pensar no jogo da próxima quinta-feira, mas também com o intuito de fazer descansar alguns jogadores que há três dias atuaram na Alemanha, Marco Silva promoveu algumas alterações na equipa titular, mas as suas apostas contra o Gil Vicente tentaram fazer por merecer a confiança do treinador. Uns mais que outros, os atletas lançados por Marco Silva e que habitualmente não são titulares conseguiram destacar-se, nomeadamente Junya Tanaka, que inaugurou o marcador 52 minutos, dando uma vantagem que na altura o Sporting já merecia ter desde a primeira parte.
Ao longo dos primeiros 45 minutos, tal como em toda a segunda parte, os verdes e brancos foram sempre superiores ao Gil Vicente e a única vez em que Rui Patrício teve a sua baliza em perigo ao longo dos 90 minutos foi através de um lance irregular e que não foi bem ajuizado pelo árbitro Jorge Tavares.
Na altura de marcar um livre, William Carvalho tentou fazer com que Yazalde visse o cartão amarelo ao rematar a bola contra o jogador do Gil Vicente, que claramente não estava à devida distância do esférico. Porém, o árbitro assim não entendeu e mandou o jogo seguir para espanto do médio leonino. Ao Sporting, nesse lance valeu o desacerto na finalização de Diogo Viana.
Mas não ficou por aqui a má exibição do árbitro, que foi o pior elemento em campo. Antes desse lance do Gil Vicente registado aos 34 minutos, já tinha ficado uma grande penalidade por assinalar de Cadú sobre João Mário, que a ser sancionada deveria dar ao defesa gilista cartão vermelho. Entre esses dois lances referidos e algumas defesas dignas de registo de Adriano Facchini (se não fosse o guarda-redes os gilistas teriam saído goleados de Alvalade), Jorge Tavares voltou a errar a cinco minutos do intervalo, não assinalando também penálti de Markus Berger sobre Paulo Oliveira.
Assim, o nulo no marcador manteve-se até ao golo inaugural de Tanaka, que mostrou o seu instinto de goleador ao desviar a bola para o fundo da baliza ao segundo poste, fugindo da marcação a Semedo, que claramente não ficou bem na fotografia. O primeiro golo dos leões serviu para estes passarem a ter um domíni mais claro sobre o Gil Vicente, que ao longo da primeira parte ainda tentou dar boa réplica, e o controlo total do encontro, acabando o jogo por ser fechado com chave de ouro, com um golaço de Nani que fez levantar todo o estádio e levou mesmo o jogador às lágrimas nos festejos.