Fabio Grosso abre o coração: «Tínhamos medo de não ficar cá para contar»

Ainda com marcas, Fabio Grosso falou pela primeira vez do ataque ao autocarro do Lyon, do passado domingo, em Marselha. Na antevisão ao duelo frente ao Metz, o técnico lamentou os acontecimentos e espera que medidas sejam rapidamente tomadas para evitar situações deste tipo.

«[Ferimentos] Estão a melhorar. Foi um dia muito triste para o desporto, que nos deve fazer pensar. Não podemos colocar a vida das pessoas em risco. Tínhamos medo de não ficar cá para contar. Não tenho nada contra o Marselha e os seus adeptos. Não olho como apoiantes do clube, mas sim como pessoas sem nada na cabeça. Não devemos esperar por algo mais sério para tomar decisões.»

«Fizemos um caminho que não devíamos ter feito. Entrámos no estádio com duas motos e dois carros, saímos com 25. Devemos fazer as coisas primeiro, não depois. Estou a falar de segurança. Todos estamos a melhorar dos ferimentos e o importante é que isto não aconteça mais», afirmou o italiano, que espera uma reação da equipa já este domingo.

O capitão Anthony Lopes falou também aos jornalistas e destacou a união sentida no plantel após este momento difícil.

«Foi preciso reencontrar a concentração com tudo o que aconteceu (...) O que aconteceu acabou por fortalecer os nossos laços. Vi jogadores e pessoas marcadas, mas muito unidas com o treinador. Queremos voltar aos trilhos apesar do trauma, já a começar este domingo», afirmou.

Os Gones, recorde-se, estão no último lugar da Ligue 1.