Como se diz matador em eslovaco?

Já tinha demonstrado alguns dos seus melhores predicados na primeira parte, altura em que foi precioso pela forma como ancorou o jogo axadrezado, junto da linha defensiva encarnada. À matador, surgiu com o golo da igualdade, no aproveitamento da cerimónia encarnada em plena área e, como se não bastasse, conferiu contornos épicos ao triunfo da sua equipa, com o golo decisivo anotado numa fase de total balanceamento encarnado. Um valor a confirmar durante a época!

Algo escondido do aproveitamento da velocidade que lhe é reconhecida, o sprint arrancado sobre a defensiva axadrezada, no lance do primeiro golo, embalou o internacional português para uma bela exibição. Numa altura em que as águias já jogavam em inferioridade, acatou na perfeição a missão de jogar sozinho na frente e continuou a fazer a cabeça em água à defensiva axadrezada. Ameaçou com uma bola à barra e reativou a vantagem encarnada, entretanto anulada pelo Boavista.

Pode estar aqui a nova figura da baliza da Pantera. Com carimbo de formação da equipa do Bessa, João Gonçalves parece reunir toda a confiança de Petit e, num jogo desta envergadura, voltou a mostrar credenciais. Seguro nas saídas da baliza, o jovem guardião demonstrou bons reflexos na hora de bloquear os remates mais perigosos dos encarnados. O que dizer da dupla parada que antecedeu o segundo golo encarnado?

À imagem do jogo da Supertaça, João Neves apareceu ao lado de Kokçu com a missão de proteger os espaços deixados pelo médio turco. Fruto do incansável pulmão que tem evidenciado, o pequeno médio mostrou, mais uma vez, ser gigante nas ações desempenhadas na reação à perda de bola, assim como na construção recuada.

Dor de cabeça constante para Bruno Onyemaechi, o extremo argentino foi igual a si mesmo. Inteligente na forma como combinou com os colegas, Di María colocou as águias em vantagem ao encostar o lance desenhado por Rafa. Manteve sempre grandes doses de esclarecimento no último terço, até ser sacrificado por Roger Schmidt, no momento da expulsão de Musa.

Um dos elementos mais importantes da manobra da equipa de Petit, Seba Pérez não só fez jus ao estatuto de capitão, como ainda foi o grande pilar da sobriedade axadrezada, quer nos melhores, como nos piores momentos. Aguerrido em cada disputa de bola, percebe cada momento de jogo para decidir entre equilibrar a equipa, ou desequilibrar o adversário. Amarelado desde muito cedo, nunca se deixou levar pelo emocional.

Vinha a fazer um jogo atento e com alguns cortes importantes, nomeadamente, na etapa inicial, mas acaba por estar ligado umbilicalmente à derrota encarnada. Cometeu falta para castigo máximo - em desespero de causa, é certo -, num momento sem retorno para a trama encarnada, tendo ainda perdido a bola que origina o terceiro golo boavisteiro.

Das unidades mais experientes da defesa axadrezada, Rodrigo Abascal até esteve ligado à expulsão de Petar Musa, ao sofrer a falta do internacional croata. No entanto, o lance do golo de Di María surge devido a uma fífia enorme do central uruguaio. Um momento que podia ter saído muito cara à sua equipa, logo contra um dos candidatos ao título...

A vida dos guarda-redes é, por natureza, bastante ingrata e Vlachodimos foi a prova viva disso mesmo. Muito contestado pelos adeptos encarnados, é inegável que já salvou por diversas vezes as águias de grandes dissabores, contudo, bastou uma falha de relevo para ficar ligado à derrota encarnada. Pedia-se outra convicção e leitura no momento da saída aos pés de Bozeník, no lance que viria a originar a grande penalidade favorável ao Boavista. 

Chegava, por fim, a altura de assumir a titularidade, depois de tantas chances (bem) aproveitadas a partir do banco de suplentes. Depois de uma entrada impactante frente ao FC Porto, ainda tentou dar o cariz associativo e de fornecimento de linhas de passe aos colegas de equipa, mas a entrada infeliz que teve sobre Abascal acabou por marcar a partida de forma indelével pela negativa... para si e para os encarnados.