Foi uma exibição de encher o olho! Como prometeu Sérgio Conceição, houve uma resposta cabal, embora tenha havido mais do que isso. Muitos momentos de brilhantismo, golos de grande envolvimento coletivo e uma comunhão perfeita com os adeptos e com a liderança.
Só que... o que há a fazer perante um dragão tão robusto, tão avassalador, tão brutal?
Nada afetados com a derrota na Alemanha, os dragões cumpriram de forma cabal a promessa do treinador na antevisão, de que haveria uma resposta... cabal! À direita com Ricardo, à esquerda com Brahimi e Alex Telles, no meio com a dupla que tão bem se entende em 4x4x2 (Marega é bem melhor ao lado de Aboubakar) e até com um inesperado Felipe, que foi inesperadamente quem se isolou na retoma de um canto para fazer o 2x1.
O facto de ter havido jogo a meio da semana podia sugerir uma contenção de gastos por parte dos portistas na segunda parte. Houve também, até porque não podia ser de outra forma, algumas correções defensivas na desastrada defesa pacense. Mas não houve qualquer diferença de tendência.
Muito, muito FC Porto, em versão demolidora, com uma riqueza de soluções na fluidez de jogo assinalável. Ora de um lado, ora do outro, ora numa tabela, depois num cruzamento, a seguir numa diagonal com passe de rutura. Que panóplia da equipa de Sérgio Conceição!
Foi uma goleada e pêras, mas também é bom que se diga uma coisa: apesar de tantos golos encaixados, nunca os castores deixaram de procurar a baliza contrária e Vasco Seabra, a meio da segunda parte, até mudou a tática para um mais arrojado 4x4x2. Caiu, caiu com estrondo, mas nunca se contrariou. E merece aplauso por isso.