A última vez que Portugal defrontou Marrocos: «Foram muito superiores e acabou por ser um resultado injusto»

Dia 20 de junho de 2018, em Moscovo, Rússia. Foi um golo madrugador de Cristiano Ronaldo que deu a Portugal a primeira e única vitória no último Campeonato do Mundo, frente a um adversário que reencontrará este sábado. Mas boa é a memória de quem lembra as dificuldades, já que o triunfo não foi fácil...

«Marrocos foi muito superior e acabou por ser um resultado injusto no que toca o jogo jogado», lembrou Manuel Fernandes, à conversa com o zerozero.

De poucas palavras hoje e de impacto reduzido nesse jogo, há quatro anos, em que o médio centro acabou por não ser utilizado por Fernando Santos. Uma das melhores épocas da carreira, então no Lokomotiv, valeu-lhe a convocatória para o Mundial, ainda que o único jogo numa fase final tenha surgido no último (e fatídico) dia da seleção, contra o Uruguai (2-1).

Mas regressemos a Marrocos. Os atlas lions superaram a Espanha (0-0 g.p.), outro adversário repetido do último Mundial, e marcaram encontro com Portugal nos quartos. Não se pode é afirmar que seja a mesma equipa de há quatro anos.

Única vitória de Portugal no Mundial passado �FPF

Assim se sumarizam as diferenças entre as equipas de Hervé Renard, hoje ao serviço da Arábia Saudita, e Hoalid Regragui. Dois treinadores que partilham as iniciais mas se distinguem facilmente em estilo. O francês é arrojado e dá liberdade aos seus jogadores, mas a organização meticulosa do marroquino dá melhores resultados: para já, iguala as maiores campanhas de sempre de seleções africanas. Mas como se combate um eventual recorde?

«A maneira de superar equipas com linhas baixas é ter jogadores bons no um contra um», disse-nos Manuel Fernandes, em jeito de aviso. «Senão, acontece o que aconteceu à Espanha...»

Ex-internacional por Portugal �Vítor Parente / Kapta+

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«Portugal tem que se preocupar com o que pode controlar e isso é dentro de campo. Há jogadores jovens, mas habituados a este tipo de ambientes».

A equipa das quinas está a um passo de regressar às meias-finais de um Mundial, pela terceira vez e 16 anos depois da última presença. Acreditando nisso, é fácil acreditar em mais ainda, mas para sonhar com glória mundial é necessário bater, este sábado, um adversário que já deu dores de cabeça.