Os destaques individuais do encontro entre Académico de Viseu e FC Porto, relativo às meias-finais da Taça de Portugal, que terminou com um triunfo portista por 0-1.
André Franco. O nome até podia passar despercebido aos adeptos menos atentos - antes desta partida, tinha apenas duas titularidades e 226 minutos. No entanto, deu o primeiro passo para que o seu nome ganhe outro destaque. Após um início apagado, recebeu por várias vezes instruções de Sérgio Conceição e melhorou a cada intervenção. Deu-se muito ao jogo, marcou o golo decisivo com um belo cabeceamento e ainda apareceu várias vezes a ajudar na transição defensiva. Ainda é cedo, mas com as instruções certas, podemos ter mestre!
Na ausência de Eustáquio ou Grujic no onze titular, Matheus Uribe foi chamado a um papel ligeiramente diferente do habitual, uma vez que não tinha um parceiro no meio-campo defensivo. Porém, também não precisou. O médio colombiano foi essencial para equilibrar o jogo portista perante um Académico atrevido e ainda conseguiu aparecer no meio-campo ofensivo, destacando-se com uma assistência de belo efeito para o único golo da partida.
O Académico de Viseu esteve longe de ser o tipo de adversário que se reduz ao seu meio-campo quando defronta uma equipa como o FC Porto. Aliás, não teve medo de surgir em momentos de ataque, mas esbarrou quase sempre numa defesa muito atenta e coesa, liderada por Pepe. O veterano defesa, a par com Ivan Marcano, cortou quase todas as tentativas de cruzamento, bem como potenciais ataques perigosos, e não deu espaço para qualquer surpresa.
O jogo destacou-se sobretudo pela combatividade e pelo equilíbrio, com muitas disputas a meio-campo e poucas oportunidades, sobretudo na primeira parte. Todavia, houve um jogador que tentou e, a espaços, conseguiu fugir à regra: Pepê. A magia que lhe é reconhecido apareceu em vários momentos - destaque para a quase assistência para Danny Namaso -, animando a partida e o ataque portista quando mais era preciso.
André Almeida não é um central com um nível técnico muito aprimorado, mas na arte de defender é, seguramente, um dos melhores da Segunda Liga e mostrou-o esta noite. O defesa de 27 anos deixou tudo em campo, com vários cortes importantes, chegando mesmo a dar «o corpo às balas» para travar remates adversários. Uma exibição de bom nível, coadjuvada por Arthur, jovem brasileiro que voltou a mostrar potencial para outros palcos.
Se o Académico conseguiu surpreender e ameaçar o FC Porto em várias ocasiões, Ott foi um dos principais responsáveis. O extremo esquerdo fez uso da sua velocidade para causar dificuldades a João Mário (ou a quem o estivesse a marcar), com várias arrancadas e cruzamento perigosos. Aos 21 anos, já leva quatro golos e cinco assistências na época e tem tudo para dar o salto
Toni Martínez já demonstrou ser capaz de aproveitar as oportunidades e não precisar de muito tempo para justificar a aposta. Porém, esta noite não foi o caso. O avançado espanhol quase nunca conseguiu ser a referência pretendida, perdeu o duelo com os defesas contrários e terminou a partida sem uma oportunidade de golo. É verdade que lutou e procurou jogo, mas não foi suficiente.
0-1 | ||
André Franco 50' |