Supertaça, Liga, Taça e, por fim, Taça da Liga. O PSG arrumou com a concorrência doméstica, garantindo o quarto título da época nas grandes penalidades, diante do Lyon, depois de um nulo nos 120 minutos.
Sem um lateral direito de raiz, Tuchel escolheu o canhoto Kurzawa para desempenhar o papel, mas foi na frente que se notou verdadeiramente quem não estava. Neymar tentou, Di María teve alguns fogachos e o PSG não conseguiu ter a mesma capacidade de desequilíbrio no último terço sem Mbappé e com um Icardi que passou completamente ao lado do jogo.
Na verdade, pouco ou nada se pode dizer da primeira parte da final da Taça da Liga. Apenas o sistema de cinco defesas do Lyon que não abriu espaços para o PSG criar grandes oportunidades. Com bola, a turma de Rudi García tentou em transição chegar à baliza adversária, mas a definição raramente esteve no ponto.
Foi a partir do intervalo que a final ganhou outra cor e outro entusiasmo. Neymar começou a abrir o livro e a ter mais espaço para desequilibrar no passe e para obrigar Anthony Lopes a um par de grandes intervenções. Até de cabeça o internacional brasileiro esteve muito perto de fazer golo, mas aí o guardião do Lyon foi não só eficaz como também espetacular.
À medida que os minutos foram passando, o Lyon teve outra capacidade para impedir o crescimento e um domínio avassalador do adversário, por um lado, e para lançar um par de transições perigosas e que assustaram os parisienses. Foi, contudo, de bola parada que apareceu a melhor oportunidade, num livre superiormente bem defendido por Navas.
Depois de um prolongamento muito mais calmo, sem grandes motivos de interesse, apenas a expulsão de Rafael que impediu a finalização de Di María, a final acabou por ser decidida nas grandes penalidades. Traoré foi o único a falhar, numa grande defesa de Navas, e Sarabia carimbou o quarto título doméstico da época, naquela que foi a última edição da Taça da Liga francesa. A prova despede-se ao fim de um quarto de século.