*com Ricardo Lestre
Chegou o segundo embate e o Uruguai procura marcar passo, uma vez mais. Um passo mais largo, desta feita. A vitória sobre o Egito foi curta, muito curta e deixou muito a desejar, sobretudo no plano tático. Teoricamente, o adversário é ainda mais acessível que os faraós, mas não deixa de merecer o mesmo respeito. Ainda assim, está mais do que na hora para os comandados de Óscar Tabárez se exibirem a um nível alto.
Um autêntico deserto de ideias. O Uruguai, no embate da primeira jornada, limitou-se a procurar, de modo incessante, os dois homens mais adiantados. Luis Suárez e Edinson Cavani são as duas grandes estrelas da equipa, mas nem sempre resolvem. Ficou provado que, mesmo com a desinspiração de ambos, a turma celeste não procura outras soluções.
A criatividade no miolo deve ser melhor aproveitada. Existem excelentes soluções, como Bentancur, Nández, de Arrascaeta ou Lucas Torreira que blindam o meio-campo com muita qualidade e irreverência, mas cabe a Tabárez utilizar os recursos disponíveis da melhor forma possível.
A imagem deixada no embate frente à Rússia não espelha aquelas que, na realidade, são as mais valias da seleção saudita. Foram cinco golos sofridos, muitas desatenções defensivas pelo meio de uma exibição que cedo virou desastrosa.
Outros membros como Al Shehri, Abdullah Otayf e Al Faraj dão conta do recado no centro do terreno e desempenham papéis fulcrais no que toca ao equilíbrio entre setores.