Ibra, se houve altura em que a Suécia precisou ti, essa altura é agora

O Suécia x Bélgica, desta quarta-feira, já era interessante o suficiente. Havia contas para fazer, jogo para analisar e craques para ver, mas tudo isso passou para segundo plano. E porquê? Quem teria o poder de passar para segundo plano um jogo decisivo, na última jornada do Grupo E, do Campeonato da Europa? Ora, só podia ser Zlatan Ibrahimovic. O avançado anunciou que se vai retirar da seleção sueca no final da competição e, caso os suecos não vençam a Bélgica, este até poderá ser o último jogo do lendário jogador.

O anúncio da retirada, feito na conferência de antevisão ao jogo, deixou no ar uma certeza. Com a sua forma de ser, Ibrahimovic vai querer tirar um último coelho da cartola e bem que precisa, para poder ver a sua seleção chegar aos oitavos de final. É que, para os suecos, só uma vitória dá possibilidades de qualificação. Já para a Bélgica, um empate chega para garantir a apuramento.

Para já a prestação da Suécia no Europeu tem sido algo dececionate. Com apenas um empate, a equipa de Ibrahimovic precisa de marcar golos (apenas um autogolo na competição), mas não pode ficar apenas dependente da sua estrela. Nos dois primeiros jogos o jogador, de 34 anos, esteve quase sempre sozinho na frente e sem apoio. Uma espécie de «tudo atrás e fé em Ibra», que não se pode repetir, para bem das hipóteses de vitória da equipa nórdica.

Já a Bélgica, depois de um mau arranque, mostrou frente República da Irlanda, algumas das credenciais que a apontavam como uma das equipas a ter em conta nesta competição. Ainda que mais centralizado nas individualidades, os belgas têm tudo para ser considerados os favoritos para o jogo. Falta saber se a equipa de Hazard e companhia vai jogar para o empate, o que é sempre perigoso, e o que é que Ibrahimovic tem a dizer, neste que pode ser o seu último jogo internacional.