Se é fã de Game of Thrones (Guerra dos Tronos) ou House of the Dragon, certamente compreende o porquê deste título: é com este comando, do famoso «Alto Valeriano», que significa «fogo de dragão», que os temíveis dragões cospem fogo. Esta noite foi «à Porto». Uma noite de muito fogo, onde o Atlético de Madrid, em clara fase crítica, se viu engolido e perdeu o acesso à Liga Europa. Pelo contrário, com este triunfo, os dragões subiram ao primeiro lugar do grupo B e chegaram aos oitavos de final da Liga dos Campeões com total mérito. E quando parecia tudo mal (0-4 contra o Club Brugge), tudo acabou bem.
Duas equipas com objetivos claros na última jornada, mas somente uma a dar o litro para o conseguir. A primeira parte foi pouco ou nada quezilenta e contou, acima de tudo, com um FC Porto superior.
FC Porto não marcava 2 ⚽golos na 1.ª parte num jogo da Champions desde 2020/21, frente ao Marseille
⚠Na Taça/Liga Campeões, o FC Porto venceu todos os jogos (19) que saiu com uma vantagem de 2 + golos ao intervalo pic.twitter.com/1aqXJR2Sxx
— playmakerstats (@playmaker_PT) November 1, 2022
Não só superior, como a banalizar um irreconhecível e inofensivo Atlético de Madrid - o rendimento da equipa de Diego Simeone está muito abaixo do exigível -, que basicamente nada criou até ao intervalo. Talvez um remate fraco de Rodrigo de Paul, a meio, refute um pouquinho essa ideia.
Os dragões foram iguais a si próprios. Pressionantes, excelentes na ocupação de espaços e ferozes nas segundas bolas. Galeno endiabrado pela esquerda, Taremi pelo meio, Pepê e Otávio pela direita e Eustáquio pelo centro - os colchoneros apenas tiveram alguns espasmos coletivos que em nada se traduziram.
Além dos golos de Taremi e Eustáquio, ambos muito bem conseguidos, Jan Oblak teve de tapar o caminho por duas vezes e com duas defesas vistosas, ao contrário de Diogo Costa, completamente descansado junto da sua baliza.
De Leverkusen, ao intervalo, vinham boas sensações para os portugueses e más sensações para os espanhóis, uma vez que o empate retirava, desde logo, a Liga Europa à formação rojiblanca.
Não houve sinais de Atlético de Madrid. Não houve uma resposta convincente, uma jogada de real perigo ou qualquer momento de criatividade.
Enfim, uma exibição completa e de grande qualidade do campeão nacional premiada com a conquista do primeiro lugar do grupo, segurada, também, com três ótimas intervenções de Diogo Costa que não evitou, perto do fim, um golo de honra dos visitantes.
No futebol, os ciclos são repentinos e constantes e o FC Porto superou um terrível momento para acabar em beleza. Caso para dizer: Dracarys!
... Quando há um desaire pesado, nem tudo está bem quando há uma goleada. Depois de duas derrotas nas primeiras jornadas, a série posterior de quatro triunfos consecutivos levou o FC Porto a conseguir o bilhete dourado para os oitavos de final da prova milionária.
É difícil compreender como um plantel deste calibre produz tão pouco futebol e como Diego Simeone é tão «protegido» pela crítica. Bloqueados, desinspirados e com pouco ritmo. O rendimento tem sido muito pobre...