O Sporting prossegue imparável no topo da Liga Betclic. Na deslocação ao Estádio Cidade de Barcelos, os leões protagonizaram mais uma demonstração de força, ante um Gil Vicente a viver o período mais delicado da época e venceram por 0-4.
Diomonde, Eduardo Quaresma, Esgaio e Bragança foram as grandes novidades no onze de Rúben Amorim, ao passo que Carlos Cunha manteve a estrutura em relação ao último jogo de Vítor Campelos ao leme, mas fez entrar Domínguez, Zé Carlos Mory Gbane e Kiko Pereira.
Em pleno estado de graça e a espelhar uma confiança digna de campeão, o Sporting protagonizou uma entrada asfixiante e, aos dez minutos, já vencia por 0-2.
A pressão alta dos primeiros instantes foi a primeira grande problemática imposta pelos pupilos de Rúben Amorim sobre os galos, que até foram os primeiros a chegar perto da baliza de Franco Israel. No entanto, parecia uma questão de tempo até o leão pular a cerca...
E foi mesmo. No mesmo lance, Morita fez estremecer o poste, o Gil recuperou o esférico por breves segundos, só que Martim Neto acabou por perdê-lo para Trincão onde não devia.
Predador como tem sido apanágio nesta segunda metade de temporada, o internacional luso abriu o ativo, depois de acertar no mesmo ferro em que Morita já havia acertado. Andrew, impotente face a tanta colocação, assistiu de pés pregados ao relvado.
A vantagem foi como gasolina e o segundo não demorou a surgir: sem apelo por qualquer misericórdia pelo Gil, Diomonde subiu ao terceiro andar e embalou o líder da Liga para um resto de primeira parte a roçar a perfeição.
Sem nunca desligar a ficha, os leões aligeiraram o ímpeto até ao intervalo, mas mantiveram os predicados de circulação de bola e a pressão sobre o portador e o marcador dilatou de novo.
Pote e Trincão tinham visto Andrew levar a melhor, até que o avançado canhoto dos leões voltou a ampliar, após um belo entendimento com Daniel Bragança. O descanso não chegou sem mais um: Gyökeres disse «sim» ao centro picado de Pote, num lance onde Andrew é o último a tocar de forma decisiva. Na recolha às cabines, o cenário era idílico para os de Alvalade, dantesco para os de Barcelos...
Ao ver a equipa perdida em campo, Carlos Cunha procedeu a uma tripla alteração na vinda para a segunda parte - Alipour surgiu à esquerda, Maxime recuou para perto de Gbane e Fujimoto assumiu o apoio a Depú - e, também face à descida de ritmo dos leões, o Gil denotou outra capacidade para, pelo menos, afastar a bola da baliza de Andrew.
Gyökeres tentou elevar o estatuto de artilheiro da Liga, fruto de algumas arrancadas que foram reativando o clima de festa vivido nas bancadas. Do lado anfitrião, Depú desperdiçou o golo de honra por culpa da ação atempada de Israel, com o jogo a embalar para um final com algumas paragens e uma certeza: a formidável satisfação da nação verde e branca.
Depois do importante triunfo frente ao Benfica que fez disparar ainda mais a turma leonina no primeiro lugar, os verde e brancos embalaram para uma tarde/noite praticamente perfeita. A transpirar confiança no seu futebol, os leões mostraram. mais uma vez, o porquê da liderança destacada.
O momento é delicado depois da saída de Vítor Campelos e também pelas quatro derrotas consecutivas para o campeonato. Contudo, face à aproximação pontual para a cauda da tabela, pedia-se, pelo menos, algum tipo de reação aos golos madrugadores dos leões.