A UD Leiria deslocou-se ao Funchal para consumar a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal (0-2). Uma finalização precoce ditou o rumo dos acontecimentos, num embate entre dois históricos do futebol português.
Os unionistas não estavam para brincadeiras e, logo nos primeiros 30 segundos do encontro (!), abriram a caixa de Pandora. Pedro Empis, após uma incursão pelo corredor esquerdo, desferiu um cruzamento a régua e esquadro para Jair SIlva. O avançado, solto de marcação, não se fez rogado e abriu o marcador, para completo desalento dos adeptos da casa.
Posteriormente, os maritimistas assumiram o controlo da posse de bola. Porém, este domínio não se traduziu em aproximações perigosas. Aliás, a formação mais ameaçadora atuava de branco, aproveitando da melhor maneira os espaços nas costas da defensiva contrária. A turma de Vasco Botelho mostrou, ainda, muita tranquilidade a sair das zonas de pressão.
O primeiro tempo teria direito a mais uma machadada, com Fábio China a não ficar bem na fotografia. Dentro da própria área, o capitão acertou no rosto do adversário com o braço, apesar de ter o esférico em seus pés. Valdir Júnior assumiu a responsabilidade e não vacilou, num clássico 'bola para um lado, guarda-redes para o outro'.
Fábio Pereira viu-se obrigado a fazer mexidas no intervalo, com José Bica, Diogo Mendes, Igor Julião e Higor Platiny a entrarem dentro do terreno de jogo. As entradas agitaram os verde-rubros, que mostraram-se mais irreverentes no último terço.
Contudo, uma excelente condução do recém-entrado Jordan van der Gaag deitou por terra qualquer aspiração do adversário. O neerlandês ingressou pela direita e serviu Lucho Vega, que venceu o duelo frente a Samú Silva, com um remate colocado.
O resultado acabara por não sofrer mais desenvolvimentos, numa exibição exímia da Equipa do Lis, que volta, assim, a vencer o conjunto da Madeira na presente temporada. Recorde-se que a UD Leiria já havia levado a melhor frente ao Marítimo no Estádio Dr. Magalhães Pessoa (4-3), num encontro a contar para a nona jornada do segundo escalão.
Exibição irrepreensível da equipa forasteira, que conseguiu mostrar uma grande clarividência, tanto nas transições ofensivas, quase sempre com bastante velocidade, como na coesão defensiva.
A equipa da casa, apesar do constante apoio dos adeptos, mostrou muita passividade no último terço. As aproximações, principalmente no segundo tempo, não corresponderam a ocasiões flagrantes. Clara falta de criatividade...
Exibição exemplar de João Gonçalves e da sua equipa. Mesmo num dos momentos mais capitais da partida, o árbitro esteve certo ao assinalar penálti na falta imprudente de China.