Estratégia e tática: é nesses dois fatores assenta o xadrez. No duelo de axadrezados no Minho, não existiu xeque-mate. A primeira parte foi animada, com golos e oportunidades, enquanto no segundo tempo as peças anularam-se e o equilíbrio imperou.
O Boavista entrou forte mas houve resposta cabal do outro lado, não deixando a equipa sensação iludir-se com o golo madrugador. A segunda parte foi cheia de nada, parecendo que o empate satisfazia ambas as partes.
No duelo de axadrezados em Moreira de Cónegos, apenas uma mudança em relação ao jogo anterior. Enquanto Rui Borges optou pelo mesmo onze que goleou em Vila do Conde, Petit trocou uma peça no tabuleiro, de forma forçada. Seba Peréz, regressado de castigo, rendeu Tiago Morais, expulso na última partida. Esta alteração transladou Makouta para o corredor esquerdo, entrando o colombiano para ser o esteio do meio campo.
Foi o Moreirense quem mexeu o primeiro peão. Embora os boavisteiros controlassem mais a posse e fossem a equipa que mais tentava encontrar espaços para ferir a baliza adversária, os da casa foram os primeiros a aproximaram-se perto das zonas de decisão. Por duas vezes, de fora da área, a atenção de João Gonçalves foi colocada à prova.
As panteras continuaram por cima na partida e começaram a materializar o controlo do jogo em oportunidades. Perto do meridiano do primeiro tempo, e depois de um par de oportunidades, golo do Boavistão. Jogada de fino recorte, construída desde trás, culminou com Seba Peréz a forçar um autogolo a Marcelo. Foram os portuenses a capturar a primeira peça do tabuleiro.
Os cónegos, mesmo sem a iniciativa, iam ameaçando em transição. Camacho ameaçou, num mau atraso de Agra para o guarda-redes e, pouco tempo depois, o Moreirense marcou mesmo. Jogada bem trabalhada pelo Moreirense e o letal André Luís empatou a partida com um remate cruzado. Até ao intervalo, Bozenik e Marcelo, ambos de canto, ameaçaram uma vez para cada lado.
Tabuleiro nivelado à partida para o segundo tempo.
Depois de um primeiro tempo animado, o segundo começou enfadonho. À semelhança do xadrez, as equipas entraram mais num jogo de tática e estratégia, esquecendo um pouco as balizas. Bozenik, em posição favorável para fazer golo, atirou por cima, na única oportunidade digna desse nome até bem perto do quarto de hora final.
Pouca bola no chão e muitos erros na construção, de parte a parte: era essa a radiografia que se fazia à segunda parte. Num desses erros, Aparício quase adiantou o Moreirense no marcador. Depois de sentar Chidozie, atirou ao lado na cara de João Gonçalves.
Até ao fim, sabor a pouco do segundo tempo. A lei da anulação prevaleceu e ambas as equipas saíram com um ponto.
Bom nível no primeiro tempo. As equipas praticaram um bom futebol e os espectadores agradeceram. Mais disto, por favor!
A segunda parte foi o contrário da primeira. Conformadas com o empate, não houve grande iniciativa de parte a parte.
Jogo tranquilo, sem casos.