Um desfecho duro, contudo, um jogo de muita aprendizagem para o SC Braga. O Napoli foi mais forte e mereceu levar para Itália os três pontos (1-2), com o desgosto minhoto de uma celebrada recuperação no marcador ter durado tão pouco tempo.
A Pedreira viveu emoções fortes ao longo da partida, reconhecendo os momentos difíceis que os Gverreiros viveram no jogo. A crença esteve perto de resultar em pontos, mas, a este nível, os erros têm um preço muito caro. É assim a Liga dos Campeões.
Como se esperava, pela capacidade atacante das equipas e os problemas que têm revelado do outro lado do campo, oportunidades não faltaram durante o primeiro tempo da partida. De forma natural, o SC Braga sentiu muitas dificuldades para segurar o ímpeto e agressividade do adversário.
Ricardo Horta esteve perto de marcar ainda cedo, com Osimhen, na resposta, a perder o duelo com Matheus. O guardião foi mesmo a grande figura minhota nesta fase da parte, ao segurar a equipa no jogo perante muitas dificuldades da defesa, em especial de um estranhamente intranquilo José Fonte.
Em contra-ataque, o SC Braga tinha também capacidade para criar problemas, mas faltou tranquilidade nos momentos de definição. Osimhen, um terror à solta na Pedreira, cheirou o golo por várias ocasiões e acertou mesmo na trave. Acabou por não marcar, no entanto, ficou ligado ao 0-1, em luta aérea.
Quando o nulo parecia seguir para o descanso, acabou por surgir um duro golpe para os Gverreiros. Bola perdida na área e, Di Lorenzo, a ser feliz num - esquisito - remate de pé esquerdo. Primeira parte recheada de ação, mesmo com coisas a calibrar de ambos os lados.
Esperava-se um SC Braga mais assertivo depois do descanso, porém, não foi isso que aconteceu. O Napoli tornou-se dono do jogo e no controlo das operações, o que levou a partida para perto da área Arsenalista. Faltava energia aos lusos, que não encontravam respostas para contrariar os homens que tinham pela frente.
Uma oportunidade de Ricardo Horta, eterno inconformado, apareceu como uma raridade no segundo tempo. Os Gverreiros raramente tiveram gás para uma pressão forte pelo empate. Os italianos, mesmo sem resolverem as coisas mais cedo, pareciam com capacidade para evitarem problemas.
Contudo, como esta equipa tantas vezes já provou, a crença está sempre presente em Braga. Bruma, que esteve até este momento escondido do jogo, cabeceou em estilo para um bonito golo e a explosão de alegria no Minho. Chegaram perto do céu, mas o abismo rapidamente apareceu.
José Fonte, novamente infeliz, cortou mal a bola na área da casa. Zielinski cruzou e Niakaté acabou por cortar para a própria baliza. Ainda assim, apesar deste momento, os minhotos lutaram até ao último apito e o poste negou o golo a Pizzi, no último momento de força.
O SC Braga segue sem pontuar em partidas de estreia na Liga dos Campeões, mas ficam sinais de capacidade de evolução ao longo da prova.
O desfecho acabou por não ser feliz, mas o coração dos adeptos minhotos só pode ter sentido orgulho quando o hino da Liga dos Campeões voltou a tocar na Pedreira. São momentos que perduram na história e partidas de importância inquestionável no crescimento sustentado dos Gverreiros.
Tanto defensivamente como nas tentativas de ataque, a ansiedade foi grande inimiga do SC Braga ao longo do encontro. Uma melhor gestão destes momentos é um aspeto que pode aumentar bastante as hipóteses de sucesso da equipa nos próximos encontros da competição.