Um, dois... três cafezinhos para a mesa de Artur Jorge! Foi um dos vídeos mais falados da semana - e uma resposta ao vídeo do Sporting (quatro meses depois) -, pelo que, em Braga, houve mesmo «café para todos», com uma vitória clara e sem margem para dúvidas (3-0) perante o despromovido Paços de Ferreira.
Com esta vitória, os gverreiros reforçam o terceiro posto e alcançam a melhor pontuação da história (78 pontos), somando ainda um registo impressionante de golos marcados - 75 no total -, mais dois que o FC Porto e mais quatro que o Sporting.
Em relação ao jogo, os bracarenses acabaram por dominar de início ao fim e até podiam ter fechado o campeonato com um resultado mais dilatado: Álvaro Djaló, Ricardo Horta e Simon Banza foram os protagonistas da noite.
Não há melhor forma de começar o dia (ou uma partida de futebol): é certo que, em excesso, a cafeína faz mal - e pode levar a erros de definição e concentração -, como Bruma assim o mostrou no começo, contudo, consumindo de forma moderada acaba por surtir efeito positivo. Que o diga Djaló!
Primeiro, Bruma entrou com energia em excesso e falhou na cara de José Oliveira, atirando ao poste; Depois, Bruma, voltou a cometer o mesmo erro, mas, no meio da confusão, Djaló tirou partido do adormecimento da defensiva pacense (faltou café, talvez?) e não vacilou de pé esquerdo.
Depois do golo, os castores responderam, mas revelaram dificuldades em fazer tremer a defensiva bracarense: Gaitán, de resto, acabou por ser dos mais esclarecidos e atirou uma bola ao poste. Do lado do conjunto da casa, energia não faltou e Bruma - novamente ele - apareceu com perigo, mas, desta feita, definiu muito bem: bom passe para Ricardo Horta e melhor finalização do internacional português.
Não foi preciso muito tempo para perceber que a energia do primeiro tempo iria durar muito mais do que o previsto.
O resultado era confortável, mas nem por isso Artur Jorge decidiu colocar um travão: Bruma e Djaló continuaram elétricos e insuportáveis para os corredores pacenses e Banza não demorou a fazer estragos.
Ao minuto 51, Ricardo Horta, com tremenda classe, assistiu o avançado francês que, solto de marcação, só teve de desviar a bola do guardião do Paços de Ferreira. A partir do terceiro, o SC Braga continuou por cima e mais perigoso, mas também mais cauteloso, sendo que, as mexidas de Artur Jorge vieram nesse sentido.
Até final, o SC Braga controlou e o resultado não sofreu quaisquer alterações: vitória sem contestação para os gverreiros do Minho.
Foi das palavras mais utilizadas na crónica e acaba por ser o que melhor descreve esta exibição do SC Braga: muita vontade e energia. Mesmo com a vitória no bolso, os comandados de Artur Jorge não se conformaram e foram em busca de mais.
Com o resultado desfavorável, pedia-se mais aos homens de César Peixoto que somente através de rasgos individuais foram capazes de colocar em sentido a defensiva bracarense.
Manuel Mota teve uma arbitragem muito tranquila e sem grandes casos a apontar. No cômputo geral, arbitragem muito competente.