Terminou uma das melhores noites da história do Manchester City que banalizou, por completo, o todo poderoso Real Madrid por 4-0, numa partida sublinhada pela exibição soberba dos homens comandados por Pep Guardiola - Bernardo Silva bisou e foi um dos destaques -, que passearam no recreio do Etihad, em Manchester.
Para além dos dois golos de Bernardo Silva, Militão - com um autogolo - e Álvarez, já bem perto do fim, fecharam as contas que podiam ter sido bem mais dilatadas, se não fosse uma exibição super competente de Courtois.
Com este massacre ao blancos, Guardiola leva o conjunto inglês à segunda final da prova milionária, dois anos depois de alcançar a primeira.
Muito fácil narrar os primeiros 45 minutos: autêntico banho de bola do Man City que, ao intervalo, apenas não goleou por culpa de um homem - Thibaut Courtois, a faceta do desespero de Haaland.
Bisa Bernardo Silva: chega aos 💯 ⚽ golos na carreira
Os 100 golos de Bernardo Silva por equipa:
55 Manchester City
28 Monaco
10 Portugal
7 Benfica B pic.twitter.com/Ddug54cRp4
— Playmaker (@playmaker_PT) May 17, 2023
O norueguês tentou de cabeça por duas ocasiões, mas Courtois mostrou-se inspirado e fez duas das melhores defesas da competição. Não conseguiu o robot cityzen, conseguiu o mago português. Bernardo marcou dois golos, de formas distintas, contudo, com um denominador em comum: classe.
Primeiro, após um passe exímio de De Bruyne, finalizou na cara do guarda-redes blanco e, depois, ampliou o marcador de cabeça, num lance sublinhado pelo oportunismo do luso, que aproveitou um remate falhado de Gundogan e uma desatenção na defensiva do Real.
O céu caiu em cima de Courtois - que esteve a um nível altíssimo -, enquanto Bernardo atingiu o céu, neste caso, o céu futebolístico. Que exibição.
Pelo meio, de notar ainda uma pequena reação do Real, com um remate forte de Toni Kroos que tirou tinta ao poste de Ederson.
Segunda parte diferente... mas igual. O City não foi tão dominante, mas não deixou de estar sempre em cima dos acontecimentos.
O conjunto da capital espanhola arrancou mais pressionante - David Alaba obrigou, de livre direto, a uma bela intervenção de Ederson -, não obstante, depois disto, pouco mais.
A equipa inglesa, como referido, conseguiu gerir (e controlar) as operações da partida sem grandes problemas e, com alguma naturalidade, foi assustando a baliza do traumatizado Courtois que, mesmo fazendo uma exibição fantástica, acabou por sofrer quatro golos com relativa simplicidade.
Haaland procurou confirmar a goleada ao minuto 73 - mais uma defesa incrível do guardião belga -, mas foi mesmo Éder Militão - com um autogolo - e, já perto do fim, Álvarez que sentenciaram as contas.
Donos e senhores desta eliminatória e, mais precisamente, desta segunda mão. Foram 90 minutos contundentes da equipa orientada por Pep Guardiola que banalizou o Real Madrid, atual detentor da Liga dos Campeões.
É a equipa mais titulada da competição e crónico favorito, mas mostraram - desde bem cedo - que não estavam dispostos a correr grandes riscos. Como consequência, acabaram por depender de um Super Courtois que não foi capaz de travar a avalanche contrária.
Szymon Marciniak realizou uma arbitragem competente, sem grandes casos a apontar.