O Inter de Milão, carrasco de FC Porto e SL Benfica, deu um passo importantíssimo nas meias-finais da Liga dos Campeões. Em nova edição milionária do Derby della Madonnina, o conjunto de Simone Inzaghi superiou-se ao eterno rival, AC Milan, por 0-2, e leva, por isso, uma vantagem vital para o segundo encontro, marcado para o próximo dia 16. Os nerazzurri foram inteiramente superiores na primeira parte e, pese o ligeiro crescimento do adversário no segundo tempo, conseguiram levar o jogo a bom porto sem grandes sobressaltos. Por outro lado, exibição cinzenta da turma de Stefano Pioli, que não contou com o lesionado Rafael Leão.
Se por diavolo é conhecido o AC Milan, a primeira parte foi absolutamente diabólica para os rossoneri. E por diabólica entenda-se um pequeno desastre. Não foram só 11 minutos, marcados pelos golos de Dzeko e Mkhitaryan, mas sim 45 minutos para não mais recordar.
O Inter ainda não perdeu na fase a eliminar da Champions (5 jogos, 3 vitórias, 2 empates)
⚠ Nos 11 jogos já realizados nesta edição da Champions, o Inter só perdeu 2, ambos frente ao Bayern pic.twitter.com/l7wVJMkeik
— Playmaker (@playmaker_PT) May 10, 2023
A nível defensivo, a formação de Pioli, orfã do lesionado Rafael Leão, pecou imenso. Estendeu uma passadeira vermelha no centro do terreno, mostrou-se apática nos duelos e o Inter, sem forçar muito, aproveitou para provocar imensos calafrios junto da baliza de um desamparado Maignan, que ainda necessitou de apagar alguns fogos iminentes - o poste salvou-o num dos vários lances.
As estatísticas finais (13 tentativas de golo do Inter e quatro do rival), além de elucidativas, espelharam na perfeição o domínio dos nerazzurri, que nem precisaram de usar a posse de bola para se superiorizarem de forma incontestável.
Ofensivamente, o Milan sentiu falta da dinâmica Theo-Leão no corredor esquerdo e isso fez com que Onana acabasse por ser um espetador. A situação complicou-se com a lesão de Bennacer e até poderia ter piorado caso o VAR não tivesse revertido a decisão inicial de assinalar grande penalidade de Kjaer sobre Lautaro. A dupla Kjaer-Tomori ficou marcada pela negativa e houve um impressionante Dzeko, que ajudou ao descalabro.
A reação rossonera foi melhor nas segunda parte, mas insuficiente. Entre dois remates perigosos de Messias e Brahim, surgiu um tiraço ao poste de Tonali que abanou a baliza de Onana. Mesmo com uma postura mais atacante, o Milan não se livrou, uma vez mais, de suar com a possibilidade do 0-3 posteriormente negada por Maignan.
O Inter, fiel aos seus princípios afastados da exuberância, geriu e até esteve perto de um resultado mais avolumado, tornando o 0-2 um mal menor para o AC Milan. Decidido? Com Rafael Leão pode ser bem diferente...
O Inter está perto de terminar uma temporada fantástica, o que, para muitos, possa parecer um contra-senso. A verdade é que, tirando o título perdido no campeonato, os nerazzurri estão em todas as frentes. Esta noite, o objetivo milionário ficou (muito) mais perto.
A situação para a segunda mão complicou-se em demasia devido a uma exibição abaixo dos níveis exigidos. Uma primeira parte para esquecer do AC Milan deixou o Inter mais perto da final. Se a missão é impossível? Não, mas é preciso deixar uma imagem igual à de Ethan Hunt, personagem desempenhada por Tom Cruise na famosa saga cinematográfica. .
Não foi uma arbitragem muito feliz de Gil Manzano. Bem ao recorrer ao VAR para anular o penálti inicialmente assinalado sobre Lautaro, na primeira parte, mas mal em várias decisões ao longo do encontro. Critérios distintos e uma falta claríssima sobre Bastoni - cometida por Krunic -, dentro da área rossonera, que não foi assinalada.