Em 35 minutos, fez-se história. Inacreditável. Brutal. Erling Haaland resolveu «sozinho» uma eliminatória com... cinco golos em pouco mais de meia hora. O Manchester City venceu por, nada mais, nada menos do que... 7-0 ao RB Leipzig.
Há coisas que simplesmente não se explicam de forma alguma. Quem viu os primeiros minutos de jogo nunca pensaria em algo assim. O RB Leipzig entrou «com a pica toda» em cima dos jogadores da turma de Manchester, com o objetivo de não os deixar sair na construção. De repente, tudo se desmoronou. Uma avalanche norueguesa apanhou toda a gente completamente desprevenida.
Depois de Kylian Mbappé, Gonçalo Ramos e um lote extremamente restrito de outros jogadores: Erling Haaland, tome a nossa nota 10!
A verdade é uma: Blaswich ajudou (e muito) à festa. Erros atrás de erros em meros passes para construir jogo. No entanto, Erling Haaland foi aquele amigo que está sempre lá para dar o ombro quando as coisas parecem não estar a correr bem - porque, até ao primeiro golo, tudo parecia amorfo para os comandados de Pep Guardiola.
"Five goals, Erling? That's insane!" 😅
🔵 7-0 ⚫️ #ManCity pic.twitter.com/yZ4TMGslTP
— Manchester City (@ManCity) March 14, 2023
O norueguês apareceu constantemente no sítio certo à hora certa para carburar. O primeiro, de grande penalidade. O guardião dos alemães não podia fazer mais.
A partir daí, entre a neve que caiu abundantemente no Etihad Stadium e os golos do avançado… não se sabe bem o que se fez sentir mais. Para os adeptos dos cityzens, certamente a meteorologia não foi um incómodo.
De cabeça, de pé esquerdo, de pé direito. Deu para tudo frente a uma defesa alemã praticamente inexistente. Controlo total do Manchester City, enquanto Pep Guardiola só aplaudia - e, possivelmente, também a defesa do RB Leipzig perante o espetáculo que ajudou a construir.
«Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim. É talvez a Erling Haaland, mas há pouco, há poucochinho, nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho...»
«A Neve» do eterno Augusto Gil, adaptado pelo zerozero, é a melhor forma de descrever como tudo aconteceu. 90 minutos que começaram na calmaria e imobilidade, mas terminaram na euforia e festividade.
Ilkay Gundogan e Kevin de Buyne ainda marcaram - como poderá ler no acompanhamento ao minuto -, mas nada tirará o destaque que foi este jovem de 22 anos que ainda tem tanto pela frente.
Só e apenas. No sítio certo, à hora certa, constantemente. Cinco golos em pouco mais de meia hora de jogo. Brutal.
Começou consistente, mas rapidamente se desmoronou - como possível perceber pelo resultado. Passaram a ser praticamente amorfos.
Num jogo sem grandes casos, apenas teve de «controlar egos». Bem na análise da grande penalidade e nos mais diversos lances.