Erro de um lado e erro do outro. É este o resumo do jogo na Alemanha, que terminou num empate 1-1 entre RB Leipzig e Manchester City. Os forasteiros até começaram melhor, mas o golo sofrido no segundo tempo mexeu com a concentração da equipa que jogou com os mesmos jogadores durante os 90 minutos, não operando qualquer tipo de substituição para tentar algo diferente.
André Silva foi titular nos anfitriões, mas teve uma exibição muito apagada enquanto esteve em campo. Acabou por ser substituído por Yussuf Poulsen, avançado que tem tentado reconquistar o seu espaço no emblema alemão.
Sem Kevin de Bruyne, John Stones e Aymeric Laporte na visita à Alemanha, o Manchester City mostrou, nos minutos iniciais, para o que é que vinha: posse de bola sem correr riscos para não abrir espaços na sua defesa e controlo do jogo absoluto em toda a primeira parte. E foi isso que foi fazendo com calma e paciência, tal como lhe é habitual.
O RB Leipzig limitou-se a manter-se coeso para não conceder espaços para o talento dos homens da frente dos citizens não sobressair, no entanto, numa das únicas desatenções por parte da turma alemã, eis que o Manchester City inaugurou o marcador.
Ainda assim, a desvantagem não acordou a equipa da casa que, só à passagem do minuto 46, é que conseguiu chegar à baliza de Ederson (que foi um mero espetador em todos os primeiros 45 minutos) com algum critério. André Silva e Timo Werner passaram despercebidos, não dispondo de nenhuma oportunidade para fazerem o que melhor sabem: marcar. Também Emil Forsberg, o principal mágico da equipa, esteve uns furos abaixo e não conseguiu fazer a diferença.
Marco Rose estava insatisfeito com o que estava a ver e, ao intervalo, colocou Benjamin Henrichs, lateral francês que veio dar outra vida aos seus companheiros. O jogador de 25 anos galvanizou a sua equipa e até podia ter feito o empate na partida, mas não teve a pontaria certa para abanar as redes de Ederson.
A partir daí, equilíbrio foi a palavra de ordem, com nenhuma das equipas a conseguir assumir o jogo com critério. O Manchester City vai para a segunda mão, a 14 de março, com uma exibição um bocado aquém das expectativas, sobretudo depois do golo de Gvardiol, onde a falta de respostas foi evidente.
Ir para o intervalo a perder frente a uma equipa como o Manchester City é complicado, sobretudo depois de uma primeira parte em que existiram poucas oportunidades para o empate, mas dar a volta à situação é de louvar. O RB Leipzig entrou de cara lavada e até podia ter marcado mais cedo pelos pés de Benjamin Henrichs, que entrou ao intervalo.
E se de um lado destacamos a reação da equipa alemã, do outro realçamos a falta de respostas do Manchester City perante um RB Leipzig que cresceu com o decorrer do encontro. Pep Guardiola, com as opções que tinha no banco, podia ter tentado algo diferente.
Serdar Gözübüyük teve um jogo tranquilo e esteve à altura da partida com decisões sempre acertadas. Não se deu pelo neerlandês e, quando assim é, é sempre um bom sinal.