Curta, mas uma vantagem que deixa boas perspetivas para o AC Milan nesta eliminatória. Num encontro de pouco risco, um tento cedo de Brahim Díaz deu a vitória aos transalpinos na receção ao Tottenham. Após uma exibição bastante pobre, os londrinos têm de estar satisfeitos por ainda terem em aberto um possível apuramento para os quartos de final.
Mesmo sem grande dinâmica, os Rossoneri foram sempre a equipa mais perigo e tiveram momentos ofensivos que podiam ter dado outra vantagem. Rafael Leão foi o grande agitador, apesar de não ter estado feliz na definição de alguns lances prometedores.
Sem Pedro Porro no onze - acabou por não ser utilizado depois da partida infeliz contra o Leicester City -, os visitantes levaram cedo um golpe. Theo Hernández, um perigo no processo atacante, ganhou o duelo a Cristián Romero e originou o golo do AC Milan, num tento apontado pelo irrequieto Brahim Díaz.
O Tottenham até deu sinais de uma reação forte, porém, rapidamente a partida entrou na monotonia. Algumas paragens afetaram a qualidade do espetáculo, com as equipas pouco tentadas em correrem riscos. Antes do descanso, algumas bolas paradas criaram algum ´barulho` junto da baliza de Tatarusanu, que deu boa resposta - assim como Fraser Foster - no pouco trabalho que teve durante a partida.
No segundo tempo, o AC Milan controlou os acontecimentos e até pareceu mais tentado em atacar. Rafael Leão colocou ´chocolate` na partida - é um elemento diferenciado - e originou espaços, mas os comandados de Pioli não estiveram particularmente felizes na definição destas jogadas.
Num par de minutos surgiram as melhores oportunidades até final, as duas a pertencerem aos homens da casa. De Ketelaere quase faturou na primeira ação em campo e Malick Thiaw cabeceou para fora, após cruzamento milimétrico de Leão. O Tottenham lá conseguiu manter-se vivo, sem capacidade contudo de ter uma verdadeira situação de perigo em todo o duelo.
Tudo para decidir a 8 de março. Sinais mais positivos dos italianos e uma urgente necessidade de reação dos Spurs.
Quase uma década depois, o AC Milan regressou à fase a eliminar da Liga dos Campeões. Apesar da falta de experiência em vários elementos do plantel, a resposta foi segura e positiva. Concentração, organização e mais dinâmica no ataque. Assim foi criada a receita para a vantagem na eliminatória.
O jogo pobre de Son Heung-min e Harry Kane contribuiu bastante para a exibição muito cinzenta do Tottenham. Várias unidades mostraram entrega e capacidade de luta, mas faltaram as referências para dar outra qualidade ao jogo dos Spurs. São ainda mais precisas neste tipo de momentos, em fase também de várias lesões no plantel.
Nada a apontar ao trabalho do juiz suíço. O ritmo baixo contribuiu para uma partida de poucos duelos.