No filme escrito em Vila do Conde, André Pereira e João Graça foram heróis da trama. Os dois golos permitiram a consolidação da vingança do Rio Ave para com o Estoril Praia, no que toca à primeira volta da Liga Portugal bwin.
Assim, os vilacondenses ultrapassam a equipa da Linha na classificação (não a dos rankings dos filmes, mas a do campeonato).
Quando um jogo começa e há mais faltas do que minutos, já diz muito. Fazendo um paralelismo: quando vemos algo na televisão (e estamos a gostar), detestamos que apareça o intervalo. Aqui não foi diferente. Uma falta aqui e ali acaba sempre por ser necessária, mas chegar perto do primeiro quarto de hora e ter um número equivalente e faltas… vai dar ao mesmo.
Por que razão falamos de filmes? Amanhã é Dia dos Namorados, dizem. Aproveitamos isto para dar uma ideia ao leitor do que fazer amanhã com quem bem quiser… ou então pode ficar a ver a Liga dos Campeões, que também é uma boa ideia.
Mas foi este o mote e foi desta forma que encarámos o duelo entre Rio Ave e Estoril Praia: como una película. E esperávamos uma das boas. Eventualmente, os intervalos acabaram e as equipas foram-se encaixando. Tivemos um desenrolar da história, mas o desfecho – ou só aquela parte bombástica – teimava em não aparecer.
Tiago Araújo tentou, Cassiano não quis ficar atrás, e até mesmo Boateng tentaram de tudo para dar um twist na história, mas «o tiro saía pela culatra» - ou, simplesmente, ao lado da baliza, como o zerozero descreveu no acompanhamento do jogo.
O desenrolar da história e verdadeira trama chegaram depois do intervalo (a sério) – aquele que ninguém gosta, sabem? – e só deixou um bocadinho a desejar porque quando os protagonistas não se decidem e ficam só a criar ansiedade (de golo) … é maçador.
Mas, já que estamos a falar de filmes e guiões, é inevitável falar de alguém que esteve em campo: Francisco Geraldes. O médio do Estoril tentava ajudar à criação do desfecho, porém, faltava-lhe a criatividade.
Estalou a bomba: grande penalidade. João Graça (que só entrou na sala com o filme a decorrer) «trivelou» para Boateng que foi derrubado. Dani Figueira foi o vilão que não conseguiu travar o primeiro herói: André Pereira.
Nos grandes filmes de super-heróis, o final é sempre destinado a um final feliz (ou não, que o diga o último grande ato dos Vingadores). Aqui não foi diferente para os Avengers de Vila do Conde. Afinal, no primeiro grande encontro do ano, a visita à Amoreira acabou num empate. Esta foi só a vingança, que João Graça - o que permitiu o twist de André Pereira - sentenciou, já no final, com novo golo.
Depois do início maçador, os vilacondenses cresceram no encontro e não deixaram a desejar. A criação de ocasiões de golo estava lá e o resultado acabou se ajustar.
O jogo começou sem começar. Nos primeiros 15 minutos, o jogo teve tantas faltas como tempo de jogo. Esteve num constante para e arranca.
Demorou a acertar no critério. Nos primeiros minutos de jogo, nada passava sem se ouvir o apito de Gustavo Correia. Com o passar do tempo, acabou por «encarreirar», se bem que, na segunda parte, houve faltas que deveria ter marcado e alguns cartões amarelos ficaram por mostrar - e, até mesmo, um segundo amarelo a João Graça.