O Rio Ave tem quatro vitórias na Liga Bwin. Ora, todas elas vieram em Vila do Conde e este domingo a «vítima» foi o Boavista. Um jogo de duas caras e que foi decidido em mais um golo de Boateng, que marcou os dois golos das últimas duas vitórias da equipa de Luís Freire.
O arranque do jogo prometeu. Apesar de uma paragem para assistir Bracali, logo nos primeiros minutos vimos duas equipas a tentar explorar profundidade e, uma delas, o Boavista, a ter sucesso. Nesse caso, Yousupha aparece isolado, num lance que está explicado em baixo e que podia ter marcado a partida.
Por seu lado, o Boavista tentava na velocidade e, por vezes, tinham sucesso. Fosse pelo meio, onde Ypusupha começa a dominar muito bem a arte da desmarcação, ou pela direita, onde Agra parece sempre ter um «botão turbo», a equipa de Petit ia conseguindo abrir espaço, mas quando era preciso decidir...
Ia estando melhor o Rio Ave que acabou por marcar numa jogada «à Boavista». Profundidade (Sasso a dormir) e Boateng a aparecer isolado e a fuzilar Bracali.
A reação axadreza veio com dois falhanços incríveis de Yousupha, lançando os últimos minutos de um Boavista com dois pontas de lança e muito jogo perto da baliza do Rio Ave. Esse jogo resultou em mais uma oportunidade falhada por Yousupha (defesa de Jonathan) e, espante-se leitor, outra oportunidade falhada por...Yousupha. Esta última acabou mesmo por ser a mais flagrante e vai figurar nos falhanços do ano, bem ao lado de Delgado, do Paços de Ferreira.
As coisas continuam complicadas para Petit e para o Boavista que, depois de um bom arranque, já vão em seis jogos em ganhar (4 derrotas) e, mais importante que isso, sem jogar bem. Já o Rio Ave volta a mostrar que vai ser difícil passar em Vila do Conde, onde já leva quatro vitórias em seis jogos.
Sem ser brilhante, a equipa de Luís Freire voltou a ser muito capaz. Bastante organizada a defender e a atacar, sabendo depois sofrer na reta final.
Está a faltar rasgo à equipa de Petit. Há velocidade e qualidade, mas está a faltar alguém que venha ao meio pegar na bola para fazer uma rotura, ou um último passe. Masaki Watai tentou fazer isso vindo da esquerda para o meio, mas não conseguiu.
Ficaram algumas dúvidas num lance aos 6 minutos, quando Yousupha ia isolado e caiu. Pareceu haver um empurrão de Aderlan, que podia ter resultado num cartão vermelho. Fora isso, nada de relevante dentro do que é uma arbitragem com 10/15 apitos desnecessários.