Séries de derrotas em ambos os lados - uma mais curta que a outra - e foi o Boavista a interromper a sua de duas jornadas consecutivas com derrotas. Na receção a um ainda desfalcado Paços de Ferreira, os axadrezados levaram a melhor graças a um golo de Bozenik na segunda parte, ele que faturou pela nova equipa pela primeira vez. Os castores perderam mais um jogo e a situação é cada vez mais delicada, sendo que o adversário não demonstrou ser muito superior.
Se no Boavista o sistema é o habitual, no Paços de Ferreira não é, mas César Peixoto manteve o mesmo que utilizou no Estádio da Luz, frente ao Benfica (3-2). Embora muito desfalcados, os castores contaram com dois reforços no onze: Vekic, substituto do lesionado Jordi, voltou a casa e Ferigra, que compôs a linha de três juntamente com Nuno Lima e Antunes. Uilton e Matchoi Djaló compuseram o flanco esquerdo.
A turma de Petit, fazendo uso do fator casa, começou melhor e o ímpeto esfriou assim que o Paços se reencontrou. Thomas e Koffi deram largura e rapidez e assustaram César, brasileiro que quase comprometeu a equipa graças a uma distração e que viu uma bola entrar-lhe - entretanto anulada - nos primeiros 45 minutos.
As investidas de Gorré, no entanto, foram sempre mais incisivas e efetivas. Fazendo uso da sua velocidade e capacidade técnica, trocou as voltas a Delgado e Nuno Lima e esteve muito perto de fazer o gosto ao pé.
A segunda parte começou da melhor forma possível. O Paços alterou para quatro defesas e teve um lance perigoso, tal como o Boavista, na resposta, por Bozenik. A jogada foi excelente e o eslovaco falhou o golo por centímetros.
O camisola 9 dos axadrezados viria a estar, novamente, no centro das atenções por duas ocasiões. Primeiro sofreu uma falta que anulou um golaço (que pena!) a Thomas - recurso ao VAR - e, depois, faturou o primeiro golo oficial pelo Boavista, algo que procurava há algumas jornadas.
O jogo, com o 1-0, caiu de intensidade e as substituições também não mexeram muito com o ritmo, com a formação de Petit mais tranquila na gestão da posse. Tirando um livre de Matchoi Djaló e um lance com Koffi, a impotência do Paços de Ferreira foi evidente.
Veio com o «peso» de substituir Petar Musa e a experiência no futebol europeu fez elevar as expetativas em torno de Bozenik. O eslovaco chegou mais tarde e conseguiu, por fim, marcar o primeiro golo pelo Boavista, garantindo uma importante vitória. É camisola 9 e dono da posição. Pode vir a fazer uma temporada interessante.
Mais uma jornada, mais uma derrota para o Paços de Ferreira. As muitas baixas e a infelicidade em alguns jogos não tem abonado a favor da equipa de César Peixoto. Há qualidade - e bastante juventude - para fazer mais. Começa é a ficar demasiado difícil...
Algum critério apertado nos amarelos, mas a decidir bem nos momentos capitais.