Tudo acontece a este SC Braga! A exibição foi boa e a equipa de Carlos Carvalhal conseguiu virar o resultado após um mau início, no entanto, quando parecia ter o jogo controlado, uma bomba de Yusupha permitiu ao Boavista sair do Minho com um empate (2x2) e gelar o Municipal.
O desperdício voltou a ter um custo caro para os Gverreiros, que não conseguiram fechar o resultado apesar do grande domínio. Por sua vez, o Boavista teve o mérito de ser muito eficaz e continua a realizar um início de época bastante positivo.
Consciente da importância do jogo, o SC Braga teve uma entrada forte na partida e a procurar bastante a profundidade das suas unidades mais atacantes. As oportunidades começaram a surgir, no entanto, em algo que já não é surpresa para os arsenalistas, a defesa tremeu no primeiro lance de real perigo do Boavista e o 0x1 apareceu contra a corrente do jogo.
Sauer trabalhou com qualidade e cruzou tenso para a área, onde a má abordagem de Vítor Tormena permitiu a Musa faturar e voltar a mostrar as suas capacidades de competente finalizador. Ao contrário do que aconteceu na última quinta-feira, os minhotos não tremeram após o tento sofrido e a pressão até aumentou, acabando por ter os seus frutos.
Após boas situações onde André Castro esteve perto de marcar, a igualdade surgiu num lance com o ADN bracarense: passe longo de Musrati para a desmarcação de Galeno, que serviu Iuri Medeiros para uma finalização fácil e uma injeção de ânimo para o conjunto de Carlos Carvalhal.
Até ao intervalo, o SC Braga continuou por cima, mas o Boavista organizou-se melhor e permitiu menos espaços aos Gverreiros. Faltava, contudo, capacidade para os axadrezados terem bola e aproveitarem a intranquilidade que a defesa da casa apresentava sempre que era pressionada.
A intenção dos axadrezados pareceu ser de subirem um pouco as linhas depois do descanso, no entanto, a reviravolta dos minhotos apareceu ainda antes de ser confirmada qualquer tendência. O brasileiro Yan Couto trabalhou bem e serviu no espaço Ricardo Horta, que rematou cruzado para o golo e está mais perto de entrar na história do clube neste aspeto.
Os homens de Carlos Carvalhal continuaram mais perigosos no jogo, com Mario González a voltar a ser infeliz nos momentos de finalização. João Pedro Sousa recorreu ao banco para mexer na sua equipa, mas o Boavista encontrou muitas dificuldades para reagir à desvantagem e incomodar verdadeiramente o SC Braga, confortável no relvado.
Quando pouco fazia prever que a vitória não caísse para o lado bracarense, um contra-ataque acabou por dar um golpe a que os Gverreiros não conseguiram reagir e Yusupha, num excelente remate, selou o 2x2 final. O SC Braga só se pode queixar de si próprio, com a finalização a não acompanhar a muita qualidade de jogo.
Merece ser elogiada a capacidade da equipa de Carlos Carvalhal dominar e criar oportunidades, contra um Boavista muito fechado e a ceder poucos espaços. Com paciência, os Arsenalistas geriram bem os tempos entre jogar curto e apostarem no passe longo, o que criou uma noite bastante difícil para a defesa adversária
Não é um problema de agora e o SC Braga voltou a ser traído pelo desperdício. O Boavista deu poucos sinais de reação, mas precisou de apenas uma oportunidade para chegar ao 2x2 final e aplicar um duro golpe nos minhotos, que voltaram a escorregar no campeonato.
Tentou controlar o jogo com um critério apertado e a missão acabou por ser conseguido. Existiram poucos lances polémicos e isso também facilitou o trabalho de Luís Godinho e a sua equipa.