A pausa para seleções não trouxe sinais de melhorias ao SC Braga. No regresso da Liga Portugal bwin, os minhotos não foram além de um nulo (0x0) pela segunda jornada consecutiva, desta vez na visita frente a um organizado e competitivo Paços de Ferreira.
Dois triunfos em cinco jornadas deixam alguns sinais de preocupação para os Arsenalistas, que realizaram um encontro bastante cinzento este sábado. Em relação ao Paços de Ferreira, a equipa foi inteligente na gestão dos momentos do jogo e tem todas as condições para ir solidificando uma posição tranquila na tabela classificativa.
Sem surpresas, Carvalhal promoveu as estreias oficiais dos reforços Diogo Leite e Chiquinho no onze minhoto, que teve na presença de Fábio Martins como ala esquerdo talvez a dinâmica mais interessante para este duelo. Desde cedo, o Paços de Ferreira mostrou as suas intenções na partida e, com bastante solicitação do irrequieto Denilson Jr, criou alguns sustos junto da baliza do SC Braga.
Precipitados com bola, os visitantes encontraram dificuldades para ligarem o seu jogo e levarem a bola em situações de qualidade para a zona ofensiva, com um remate de Chiquinho para defesa antes de André Ferreira a ser mesmo a única verdadeira oportunidade da equipa no primeir tempo. Por sua vez, o Paços de Ferreira continuava de olho em fazer estragos no ataque e, num livre, Antunes testou a atenção do guardião adversário.
Os últimos minutos até ao intervalo acabaram por ter pouco interesse e um ritmo baixo das duas partes, que apenas era quebrado quando os pacenses conseguiam servir o seu ataque em profunidade, uma das armas que a equipa tem apresentado esta época. Nota também para algumas dificuldades defensivas do SC Braga no flanco esquerdo, onde a dinâmica entre Fábio Martins e Diogo Leite ainda a não estar no seu melhor.
Consciente das dificuldades que a sua equipa sentiu durante o primeiro tempo, Carvalhal mexeu nas alas ao intervalo e lançou Fabiano e Galeno em campo, com os minhotos a subirem um pouco de rendimento. Ainda assim, o Paços de Ferreira continuava forte no jogo e a criar dificuldades ao adversário, que não conseguia ter momentos de ataque continuado. Na procura da vitória, os Arsenalistas voltaram a mexer e Lucas Mineiro veio com agressividade positiva para o jogo.
Passava muito por Galeno e a sua qualidade em contra-ataque os lances de perigo que o SC Braga conseguia criar, com destaque para um remate muito perigoso de Ricardo Horta. No entanto, a inspiração não apareceu para os minhotos, que continuaram a ter problemas no último passe e a não serem suficientemente fortes no aproveitamento de alguns erros do Paços de Ferreira com bola.
Talvez acusando desgaste, os Castores baixaram as suas linhas na reta final da partida e, apesar de não terem tanta capacidade para levar a bola ao ataque, ainda continuaram a assustar em bolas paradas. O SC Braga também não desistiu e Galeno esteve perto de marcar na compensação, porém, o justo empate manteve-se até ao final.
O Paços de Ferreira não se encolheu contra o favorito SC Braga e realizou uma exibição competente este sábado, onde misturou uma organização competente a individualidades de qualidade. Jorge Simão tem condições para realizar uma época tranquila e ser um adversário duro de roer frentes às equipa do topo da tabela classificativa
A inspiração nem sempre aparece e este sábado foi caso disso, mas, durante muito tempo do jogo, o SC Braga também não foi agressivo e revelou pouca urgência em chegar ao golo. No segundo tempo, a equipa subiu de rendimento com as substituições, porém, os minhotos já não foram a tempo de alterar o rumo do jogo.
Nota positiva para o juiz gaulês e a sua equipa. De certeza algo nervoso pela importância deste momento, Willy Dejalod esteve bem na análise dos lances e revelou critério largo a mostrar os cartões, conseguindo ainda assim controlar a partida, mesmo nos momentos de maior emoção. A arbitragem lusa tem qualidade, mas esta pode ser uma solução interessante para continuar, especialmente em jogos onde se preveem ânimos mais quentes.