Um duelo do litoral norte valeu ao Rio Ave a subida ao primeiro lugar da Segunda Liga este sábado, embora possa ainda ser alcançado pelo Sporting da Covilhã em termos pontuais nesta 4ª jornada.
A equipa de Luís Freire bateu por 2x1 o Leixões e voltou a mostrar algumas qualidades que lhe faltaram no primeiro escalão na temporada passada. Os vila-condenses mantêm-se invictos neste regresso ao segundo escalão e impuseram a primeira derrota à equipa de José Mota.
Cabeceamentos de Zé Manuel e Pedro Mendes valeram o triunfo da equipa de Vila do Conde, sendo que pelo meio Wendel Silva ainda chegou a empatar o encontro de grande penalidade numa segunda parte bem quentinha.
Luís Freire não teve o lateral Costinha, expulso na vitória frente ao Varzim, e promoveu a estreia de Sylla, anunciado como reforço quatro dias antes do encontro e que foi o dono da lateral-direita. Do outro lado também houve estreia na mesma posição: Pastor ocupou o lugar de João Amorim.
A equipa de Vila do Conde procurou assumir as rédeas do jogo, ainda que a primeira aproximação clara a uma baliza até tenha pertencido a um Leixões que procurava fazer-se valer da verticalidade e poderio físico dos avançados: Wendel Silva, o ponta-de-lança, juntou a esses ingredientes uma dose de qualidade de drible para tirar defesas do caminho antes de atirar para defesa de Jhonatan.
O primeiro golo, porém, foi mesmo para a equipa da casa: surgiu num momento específico em que os laterais estavam com posição invertida, o destro Sylla na esquerda e o esquerdino Pedro Amaral na direita. Correu bem, muito bem: foi do pé canhoto de Amaral que veio o cruzamento perfeito que encontrou a cabeça de Zé Manuel. Beunardeau ainda tocou na bola, mas não evitou o primeiro.
José Mota mexeu na equipa ainda no primeiro tempo, lançando Kiki Silva por Sapara no flanco esquerdo do ataque, mas Sylla, de regresso à zona habitual do terreno, continuou a controlar as investidas por aquela zona até ao intervalo, que chegou com vantagem mínima rio-avista.
Com tudo em aberto para o segundo tempo, a fase inicial dessa segunda metade foi frenética, com boa dose de golos, polémica e oportunidades clara. Teve de tudo, portanto. Começou numa grande penalidade por toque com o braço de Hugo Gomes, seguindo-se a conversão certeira de Wendel Silva, que chamou a si a responsabilidade perante muito desagrado de José Mota, já que a conversão do penálti tinha sido entregue a Fabinho.
A reação dos homens da casa foi imediata, novamente com a ligação corredor direito - grande área a dar frutos. Sylla cruzou, Pedro Mendes apareceu a cabecear e a devolver a vantagem aos homens de Vila do Conde, que logo depois viam o Leixões acertar no ferro por Hélder Morim, num lance em que foi reclamado um penálti por toque com o braço de Aderllan. Hugo Miguel não concedeu, embora parecesse haver razões para castigo máximo.
Com falta de ritmo competitivo, Sylla ainda se veria forçado a sair do campo de maca, ainda que tenha acabado por caminhar pelo próprio pé nos últimos metros em direção ao banco, Luís Freire adaptou Fábio Ronaldo ao lugar de lateral-direito para a fase final do encontro e o jovem jogador não comprometeu. Jhonatan ainda respondeu da melhor forma a um livre direto, o Leixões acabou reduzido a dez por expulsão do central França e o Rio Ave levou mais três pontos, chegando aos 10 em 12 possíveis.
Segue-se uma paragem competitiva de cerca de duas semanas, com a plena consciência em Vila do Conde de que este arranque da participação na Segunda Liga foi quase perfeito.
2-1 | ||
Zé Manuel 22' Pedro Mendes 52' | Wendel Silva 48' (g.p.) |